O PIB do agronegócio mineiro registrou variação de 6,3% no volume produzido, atingindo R$ 205 bilhões em 2022. Com o resultado, o maior registrado na série histórica, o setor passou a responder por 22,2% do PIB total do Estado, estimado em R$ 924,7 bilhões.
A apresentação oficial dos resultados ocorreu na manhã desta terça-feira (23/5), durante coletiva de imprensa. Realizada pela Fundação João Pinheiro, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Na avaliação do presidente da Faemg, Antônio Pitangui, o crescimento está diretamente ligado ao aumento da inovação e a busca por conhecimento no campo.
Antônio destacou que o bom desempenho do agro favorece toda a população, levando renda per capita aos mineiros. “Esse dinheiro não fica só no bolso do produtor rural. Esse dinheiro circula dentro da sociedade como um todo, trazendo melhoria para toda a população mineira e brasileira”, complementou.
De acordo com o governador Romeu Zema os dados divulgados são históricos. “Nós sabíamos que o agro estava crescendo ano após ano, mais do que a nossa economia, mas não imaginávamos que este avanço fosse tão expressivo. O PIB do agro em Minas saltou de cerca de R$ 110 bilhões em 2018 para R$ 205 bilhões no ano passado, é quase que dobrar a produção. Isso significa que hoje temos mais pessoas trabalhando no agro, que o agro recolhe mais impostos, ajudando o estado a sair dessa situação que ainda precisa melhorar muito”, afirmou.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, ressaltou que o bom resultado reflete a parceria entre setor produtivo e o governo. Fernandes reforçou, ainda, que o principal destaque para o PIB foi a cadeia de grãos, com crescimento em torno de 4,2 mil hectares, com destaque para a soja.
Antes da apresentação do PIB do agro, a diretoria do Sistema Faemg Senar realizou uma reunião com o governador Romeu Zema. O chefe do executivo visitou as instalações da entidade em Belo Horizonte e recebeu um documento com as principais demandas do agronegócio em Minas. O arquivo reúne gargalos de logística e infraestrutura, questões ambientais e os problemas relacionados ao fornecimento de energia elétrica no campo.
“Independentemente do nosso crescimento, continuamos com alguns gargalos principalmente nas áreas de logística, segurança no campo e energia elétrica. Continuamos trabalhando bem da porteira para dentro, mas, da porteira para fora, precisamos de uma logística melhor e energia para que possamos aumentar a produtividade”, destacou o presidente Antônio de Salvo.
O governador Romeu Zema afirmou que vai buscar alternativas dentro do governo estadual, mas também junto à União, para atender as demandas do agro. “Temos muito o que avançar e Minas vai continuar avançando, porque a produtividade tem crescido. Muitas áreas que ainda não utilizam tecnologia, passarão a utilizar”, disse. O chefe do Executivo ainda afirmou que tem ciência de todos os problemas enfrentados pelo setor.
“Já me comprometi com o Toninho com relação a melhorias na logística, precisamos melhorar as estradas de Minas para que haja condição de um escoamento melhor. A falta de energia elétrica e a interrupção no fornecimento são preocupantes. A nossa Cemig precisa acelerar os investimentos que estão sendo feitos para que o produtor fique mais bem atendido. Temos ciência desses problemas, e vários outros. Mas temos feito grandes conquistas, talvez a maior delas sermos uma área livre de febre aftosa”, assegurou.