Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT), inciaram a manhã de quarta-feira, 05/03,em baixa de 4 a 6 cents, nos primeiros vencimentos, a U$ 6,48/maio.
No dia anterior, o pregão encerrou com queda de 4 pontos na posição maio e queda de 9 cents nos meses seguintes. A BMF trabalha em R$ 79,70/maio (-0,1%) e R$ 79,75/ julho (-0,05%).
De acordo com o analisa de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR a pressão foi atribuída às perdas no petróleo. Que sofre ajustes depois da forte alta dos últimos dias, quando países membros da OPEP decidiram reduzir a oferta diária em mais de 1,5 milhão de barris. O milho e outras commodities acabam sofrendo o mesmo efeito, tanto para o bem quanto para o mal.
Além de ajustes essencialmente técnicos, o mercado vive um momento de aumento da oferta internacional.
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A produção de milho na Argentina foi novamente reajustada para baixo, para 34,9MT, ante 38,5MT estimadas em março. Na temporada passada, a colheita alcançou 50,0MT, numa área similar à deste ano. De acordo com o Safras & Mercado as perdas foram atribuídas à seca histórica que castigou grande parte das áreas de cultivo do país.
De acordo com o DERAL, a colheita de milho no Paraná chega a 70%. Mesmo com área 10% menor, a produção tem estimativa de 3,7MT, ante 2,9MT colhidas na temporada anterior. As lavouras em boas condições são 83%; regulares, 16% e ruins, 1%.
O plantio de milho safrinha no Paraná chega a 99%. A área deve ficar 8% menor em comparação com 2022. Apesar disso, as projeções iniciais indicam aumento na produção, estimada em 14,6MT ante 13,2MT colhidas no ano passado.
O analista destaca que o mercado interno se mantém lento, com preços enfraquecidos e baixa atividade de comercialização nesta semana com feriado.
Aumento do interesse vendedor, avanço da colheita de verão e bom aspecto das lavouras de safrinha, neste momento, demonstram um quadro de oferta confortável.
As atenções, o entanto, seguem focadas nos meses à frente quando o comportamento climático será decisivo para a determinação da produtividade. Principalmente neste ano em que boa parte das lavouras foram semeadas mais tarde.
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