Como resultado da articulação do Sistema Faemg Senar junto à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, por meio do Deputado Emidinho Madeira, foi aprovada a realocação de R$ 93,2 milhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Os recursos, que não foram aplicados e foram devolvidos pelos agentes financeiros, poderão ser utilizados pelos produtores rurais que sofreram prejuízos com intempéries climáticas ocorridas nos últimos anos em Minas Gerais.
A reunião entre os representantes do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ocorreu no último dia 21 de dezembro, em Brasília, onde foram debatidos recursos, juros e melhorias no Fundo para atendimento aos produtores.
“A participação do Sistema Faemg Senar na audiência pública foi de extrema importância. Apresentamos o levantamento prévio de dados de campo coletados pelos técnicos do ATeG-MG com mais de 1,4 mil produtores rurais, logo após a ocorrência das chuvas de granizo, mostrando prejuízo superior a R$ 47milhões”, disse a analista de Agronegócios do Sistema Faemg Senar, Ana Carolina Gomes.
De acordo com o vice-presidente de Finanças, Renato Laguardia, o monitoramento das ocorrências, dos municípios atingidos e das eventuais perdas produtivas foram feitas imediatamente às chuvas, bem como as orientações iniciais para minimizar os prejuízos.
“Paralelamente, o Sistema Faemg Senar atuou em parceria com o governo estadual, por meio da Seapa e suas vinculadas, principalmente a Emater, além de Concafé e AMM, e no âmbito federal, por meio da CNA, Mapa e deputados, visando disponibilizar informações para atuação política e recursos ao produtor em tempo, volume, juros acessíveis, bem como para o aprimoramento do seguro rural”, explicou Renato.
A distribuição dos recursos do Fundo foi feita considerando a demanda de outros bancos e cooperativas de crédito interessados. Foram alocados mais de R$ 39 milhões para a linha de financiamento para Comercialização, R$ 40,3 milhões para Aquisição de Café - FAC e R$ 13,9 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados.
Segundo com o diretor de Comercialização e Abastecimento do Mapa, Silvio Farnese, “o interesse do Funcafé foi garantir a disponibilidade de recursos financeiros para atendimento ao setor cafeeiro, inclusive para os produtores que tiveram danos nas lavouras em virtude das adversidades climáticas'.
Nesta safra, as aplicações do Funcafé são recordes, com R$ 4,4 bilhões já contratados, representando 87,3% do total de R$ 6 bilhões alocados no fundo. O estado de Minas Gerais utilizou 70% do total, seguido pelo Espírito Santo (14%) e São Paulo e Paraná (13%) juntos.