Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago chegam ao intervalo desta manhã de segunda-feira em alta de 21 pontos, a U$ 5,48/setembro. Na sexta-feira, as posições próximas fecharam com perdas de 10 cents. Mesmo assim, na semana passada houve expressivos ganhos, de quase 7%. Na BMF, setembro opera em R$ 58,50 (+2,3%) e novembro, em R$ 62,30 (+2,0%).
O mercado segue atento nos mesmos dois pontos da semana passada: preocupações com o clima nos EUA e a aumento das tensões no Leste europeu.
Há previsão de calor intenso nos EUA ao longo da semana em alguns estados mais ao sul, com projeção de ultrapassar os 40°C. Nos estados mais ao norte, estão previstas chuvas para as próximas 24h e as temperaturas são esperadas um pouco mais amenas.
A Rússia executou novos bombardeios nos portos de Odessa e também em portos que escoam a produção ucraniana pelo Rio Danúbio – sendo a primeira vez que estes portos foram atacados. O escoamento de grãos pelo Rio Danúbio vinha sendo a principal via de exportação da Ucrânia, depois que a Rússia deixou o acordo há pouco mais de duas semanas.
A colheita da safrinha brasileira de milho chega a 44,1%, ante 53,7% do mesmo ponto do ano passado. O levantamento é da consultoria Safras & Mercado. No MT os trabalhos chegam a 74,4%; em GO, 27,7%; no MS, 19,7%; no PR, 12,1% e em MG, 6,2%.
Internamente, com o avanço da colheita, aumenta em muito a disponibilidade. Os preços, porém, contam com suporte das cotações em Chicago. O mercado se mantém calmo. Os produtores passam a sintonizar mais de perto os percalços vividos pela safra dos EUA, bem como a elevação das tensões no Leste Europeu. Dada a grande oferta e necessidade de exportações de pelo menos 50,0MT, o piso dos preços fica dependente das cotações internacionais, do câmbio e dos prêmios.