O milho é um dos principais grãos produzidos pelo Brasil. Se destaca pela sua versatilidade e importância econômica na alimentação humana e animal, na indústria ou no setor de biocombustível. Como diz um produtor, o milho faz “a roda da economia girar”.
O Dia Internacional do Milho foi celebrado nesta segunda, 24/04. O Sistema CNA/Senar parabeniza todos produtores rurais brasileiros que trabalham diariamente para ampliar a produção e exportação do cereal no país.
O Brasil é o único país entre os grandes produtores a colher três safras e, consequentemente, produzir milho o ano todo. De setembro a dezembro, os produtores plantam a safra de verão, de janeiro a abril a de inverno e de abril a junho a tardia.
De acordo com a Companhia Nacional e Abastecimento (Conab), o país deve produzir 124,8 milhões de toneladas de milho na safra 2022/23. Um aumento de 10,4% em relação à safra anterior que foi de 113,1 milhões de toneladas. Do total previsto na safra, a região Centro-Sul será responsável por produzir 108 milhões de toneladas do cereal.
Para os produtores rurais brasileiros, o milho sempre foi e será um potencial de cultivo, seja pelo apelo comercial ou para subsistência. Suas alternativas de uso como matéria-prima na fabricação de subprodutos o torna um alimento indispensável na segurança alimentar mundial.
O milho verde, por exemplo, é consumido principalmente em forma de espiga cozida, mas também é usado na culinária nacional, no preparo de diversos pratos.. Já o milho doce é consumido em conserva e tem a capacidade de produzir açúcar no lugar de amido.
O cereal também tem papel fundamental na alimentação animal. De acordo com dados da Embrapa, entre 60% e 80% do volume de milho produzido no país está destinado à nutrição de bovinos, suínos e aves.
Além disso, o milho vem sendo usado na produção de etanol. De acordo com projeção da União Nacional do Etanol do Milho (Unem), na safra 2023/24 o Brasil deve produzir 6 bilhões de litros, o que representa cerca de 19% de todo o etanol consumido no país.
De acordo com estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na safra 2022/23, o Brasil pode exportar 50 milhões de toneladas de milho, superando os 48,8 milhões de toneladas previstos para os EUA.
Caso a estimativa se confirme, o Brasil pode se tornar o maior exportador do grão no mundo, mostrando o rápido crescimento do setor em poucos anos. Em 2021, por exemplo, o país enviou para o exterior 20,4 milhões de toneladas de milho. Já em 2022, o volume foi de 43,6 milhões de toneladas.