INÍCIO AGRICULTURA Geral

Analista comenta relatórios do USDA e seus impactos para a cotação do milho no Brasil, Argentina e a nível mundial

Segundo o analista de mercado, Camilo Motter, as exportações da Ucrânia também vêm ganhando força

O USDA (United States Departament of Agriculture) divulgou na quinta-feira, 12 de janeiro, o seu relatório mensal de oferta e demanda (WASDE) referente ao primeiro mês de 2023 e o Relatório Trimestral de Estoques, referente a primeiro de dezembro nos EUA. O analista de mercado, Camilo Motter da Granoeste Corretora, de Cascavel/PR, fez uma avaliação dos dados do relatório para o Portal Rural News. Os números surpreenderam o mercado, pois, de uma maneira geral, ficou abaixo das expectativas do mercado, sobretudo em relação aos estoques norte-americanos.

O grande fator positivo do milho veio com a expressiva redução dos estoques existentes nos EUA em primeiro de dezembro, avaliados pelo USDA em 274,6MT, cerca de 10,0MT abaixo do esperado pelo mercado e mais de 20,0MT abaixo dos estoques existentes na mesma data do ano anterior.

O analista destaca que, quanto ao relatório de oferta e demanda, cabe observar o corte expressivo da produção dos EUA na última estação, em mais de 5,0MT, para 348,75MT. No ciclo passado a produção foi de 382,9MT. As exportações perdem cerca de 3,0MT, para 48,9MT, ante 62,8MT do ciclo 2021/22. Ao mesmo tempo, os estoques finais, que eram esperados em alta, acabaram tendo ligeira queda, para 31,5MT – contra 35,0MT da estação anterior.

A produção da Argentina é avaliada em 52,0MT, ante 55,0MT do relatório anterior; na estação passada a colheita ficou em 49,5MT.

Segundo Camilo, para o Brasil, o USDA também promoveu um pequeno ajuste negativo na temporada 2022/23, de 126,0MT para 125,0MT, com exportações previstas em 47,0MT; no último ciclo, a produção foi de 116,0MT, com vendas externas de 46,5MT (2,0MT acima do volume previsto em dezembro).

As exportações da Ucrânia também vêm ganhando força. Foram elevadas em 3,0MT, para 20,5MT, no comparativo com dezembro. No ano passado foram 26,7MT e no retrasado, 23,9MT.

Em termos globais, a produção cai cerca de 6,0MT, para 1.155,9MT em relação ao mês passado; no ano passado foram 1.214,9MT e no retrasado, 1,129,2MT. Os estoques ao final de 2022/23 estão previstos em 296,4MT, ante 298,4MT de dezembro. Na última temporada eram de 306,0MT e em 2020/21, de 292,5MT.

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