A nova avaliação da safra de milho efetuada em 456 municípios gaúchos manteve a produtividade estimada em março, de 4.440 kg/ha, significando redução 39,49% em relação à inicial, que era de 7.337 kg/ha. A área de cultivo no Rio Grande do Sul está estimada em 810.380 hectares, e a produção em 3.597.897 toneladas de grãos.
A redução de produtividade é decorrente da má distribuição e da irregularidade das chuvas, principalmente entre dezembro e fevereiro, quando grande parte dos plantios foram afetados nas fases reprodutivas, prejudicando a formação de espigas e sementes. Essa má distribuição de precipitações aconteceu dentro do território de um mesmo município, mas, em âmbito estadual, a insuficiência de umidade foi mais grave a Sudoeste, Oeste e Centro, e menos grave a leste e nordeste do Rio Grande do Sul.
Em Bagé, a estimativa de produtividade atual é de 2.540 kg/ha, sendo 53,76% inferior aos 5.493 kg/ha esperados inicialmente. Os danos estão concentrados na Fronteira Oeste, principal produtora regional. Na de Caxias do Sul, a produtividade está estimada em 6.400 kg/ha, sendo o melhor resultado entre as regiões do Estado. Mesmo assim, há decréscimo de 18,69% em 7.871 kg/ha projetados inicialmente. De modo geral, a qualidade dos grãos é satisfatória.
Em Erechim, a estimativa de produtividade é de 4.820 kg/ha, representando redução de 49,25% dos 9.497 kg/ha projetados. Nos municípios próximos a Ijuí e Cruz Alta, os cultivos sofreram forte impacto causado pela estiagem e apresentam plantas de baixa estatura, assim como redução do tamanho das espigas. Nas lavouras onde há plantas verdes, a infestação de cigarrinhas está muito alta, e há sintomas de injúrias decorrentes do ataque desses insetos. Na de Lajeado, a redução estimada é de 38,15%. A produtividade inicial é de 6.031 kg/ha e a atual, de 3.730 kg/ha. Na de Passo Fundo, a reestimativa atesta produção de 5.420 kg/ha, representando redução de 41,54% em 9.271 kg/ha, projetados inicialmente.
Em Pelotas, a produtividade foi reavaliada em 2.780 kg/ha, significando redução de 44,39% em relação à expectativa inicial, que era de 4.999 kg/ha. A colheita segue em ritmo lento com aproximadamente 40% colhidos, e 25% estão maduros.
Na de Porto Alegre, a estimativa inicial de produtividade decresceu de 4.432 kg/ha para 3.590 kg/ha, representando redução de 19%. Na de Santa Maria, a projeção atual é de 2.610 kg/ha, significando redução de 55,02% em 5.802 kg/ha projetados. É a cultura mais prejudicada pela estiagem, chegando a perdas de 80% nos municípios mais atingidos. A colheita foi sendo retomada. Foram colhidas 70% das lavouras, e 10% estão em maturação. Na de Santa Rosa, a produtividade atual está estimada em 4.930 kg/ha, representando quebra de 40,24% em 8.249 kg/ha projetados. Apenas 1% das lavouras está na fase de floração/pendoamento. Em fase de enchimento de grãos são 8%, maturação são 2% e a área colhida alcança 89%.
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Uma frente fria, que está passando pela costa da região Sul, avança rapidamente em direção a costa do Sudeste neste começo da semana. A medida que o sistema avança, ele perde intensidade e por isso as chuvas devem se tornar mais isoladas e com fraca intensidade.
Até a terça-feira são esperados alguns episódios isolados de chuva entre o Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, mas a partir da quarta-feira, o sistema vai avançar pela costa do Sudeste provocando chuvas apenas sobre a faixa leste da região.
No interior do Sudeste e do Centro-Oeste há previsão para aumento da umidade, das nuvens, mas não tem previsão para chuva significativa. Entre a sexta-feira e o final de semana a chuva deve aumentar entre o Espírito Santo, norte de Minas Gerais e interior da Bahia.
A tendência é que na segunda metade da semana a chuva fique concentrada sobre a metade Norte do Brasil, enquanto o ar seco e frio vai ganhar força sobre o centro-sul. As chuvas devem se intensificar e são esperados volumes acima de 100 mm em áreas do interior do Matopiba e do interior do Norte do país.
Já no centro-sul a previsão é para declínio acentuado das temperaturas na segunda metade da semana. Tanto as mínimas, quanto as máximas devem ficar mais baixas sobre os três estados do Sul do país e grande parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Porém, o frio deve ser mais intenso entre o interior Gaúcho e sul Paranaense, onde são esperadas mínimas abaixo de 10°C em diversas localidades.
O risco para frio extremo, com potencial para geadas ficará restrito as regiões Serranas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, especialmente na madrugada da quinta-feira, que promete ser a mais gelada da semana. Em áreas de milho segunda safra não há previsão para extremos de temperatura mínima.
Fonte: Climatempo