O mercado de soja terminou a primeira semana de agosto resistindo na faixa acima dos U$ 10,00 o bushel, mas com a chegada de uma safra cheia nos EUA este piso deverá ser testado.
As perdas totais na última semana chegaram a 2,5% na Bolsa de Chicago. Os investidores seguem ajustando as carteiras para receber, nesta segunda-feira (12/08), o relatório mensal de oferta e demanda.
O mercado espera aumento na estimativa de produção dos EUA em cerca de 1,0MT, para 121,6MT; a aposta é para estoques norte-americanos em alta, sobretudo para a nova temporada, e projeções em linha com o mês passado para os estoques finais globais.
As exportações norte-americanas totalizaram 1,31MT na última semana; mas somente 0,33MT se referem a produto para embarque ainda neste ano agrícola, que termina neste fim de agosto.
Na temporada, as vendas externas chegam a 45,8MT, ante 53,1MT do mesmo intervalo do ano passado. Do total vendido, 3,1MT ainda não foram embarcadas.
O mercado seguiu lento na semana passada, afetados pelos trabalhos de colheita que estão sendo finalizados em vários estados.
Compradores ainda pressionam o preço; mas os vendedores observam a possibilidade de preços em alta com o término da colheita e acomodação do produto nos armazéns.
O vendedor demonstra maior tranquilidade em relação a questões financeiras, o que permite segurar o produto, sem necessidade de corrida às vendas.
No relatório mensal de oferta e demanda de agosto, o mercado do milho espera leve aumento na produção norte-americana e certa redução nos estoques finais. Os demais números são esperados em linha com julho.
Segundo a Anec, as exportações brasileiras de milho, em agosto, são estimadas em 6,2MT, contra 9,2MT de agosto de 2023.
Somando a projeção deste, os embarques na temporada deverão totalizar 16,9MT, contra 19,0MT do ano passado.
Contudo, os negócios seguem em ritmo lento e as exportações devem ficar abaixo das projeções.