Os preços do milho iniciaram manhã de terça-feira, na Bolsa de Chicago (CBOT), em alta de 5 cents, a 6,71/março. A BMF trabalha em R$ 90,15/março (+0,15%) e R$ 87,32/ julho (0,0%).
Segundo o analista de mercado, Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, as inspeções de embarques de milho norte-americano na última semana ficaram em 0,72MT, logo abaixo do esperado. Na temporada, iniciada 1º de setembro, foram embarcadas 11,5MT, ante 16,5MT de mesmo período da temporada anterior.
De acordo com a CONAB, o plantio de milho verão no Brasil está 95,8%, contra 96,9% do mesmo ponto do ano anterior. Já, a colheita chega a 5,5%, contra 3,4% da semana passada e 7,7% do ano anterior.
Levantamento da consultoria Safras & Mercado indica que a colheita do milho verão chega a 6,5%, ante 14,2% da mesma data do ano passado e média de 2,4%. Por estado: 20,8% no Rio Grande do Sul; 2,9% em Santa Catarina e 0,1% no Paraná. Nos demais estados ainda não tem registro de colheitas.
A SECEX informou que os embarques de milho somam até aqui, em janeiro, 4,22MT. Na temporada, o total despachado chega a 45,9MT. Em razão do bom ritmo, as exportações da temporada, que termina neste final de mês, devem ultrapassar a marca de 47,0MT, ante 20,8MT da última estação.
Segundo Camilo, o mercado doméstico se mantém enfraquecido. Porém, um olhar para frente, para o período de entressafra, a partir de março/abril, indica que a tendência é que haja escassez de oferta. Dois fatores concorrem para isto: o forte ritmo das exportações, que caminha para fechar o ano comercial, em 31 de janeiro, com mais de 47,0MT e a quebra da safra de verão, sobretudo por perdas acentuadas no Rio Grande do Sul.