Os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a semana operando em queda de 8 cents, cotados em U$ 6,11/maio. Na sexta-feira houve ganhos entre 4 e 5 cents nos principais vencimentos. A BMF trabalha em R$ 85,70/março (-0,4%) e R$ 87,05/ julho (-0,2%).
Segundo o analista de mercado, Camilo Motter da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, o mercado segue as quedas das bolsas europeias, bem como do petróleo. Contrariamente, o que pode alimentar o sentimento altista são os problemas climáticos na Argentina e os sucessivos cortes na produção do país, cuja colheita deve se situar abaixo de 40,0MT.
A CONAB, em seu levantamento referente a março, aponta leve aumento na produção de milho nesta temporada, para 124,6MT, ante 123,7MT do mês passado e 113,1MT da temporada anterior. A primeira safra (verão) é avaliada em 26,7MT; a safrinha, em 95,6MT e a terceira safra em 2,3MT. As exportações estão avaliadas em 48,0MT, ante 46,6MT do último ano. Já, o consumo interno deve alcançar 79,4MT, contra 74,6MT da temporada passada.
Segundo o IMEA, o plantio de milho no MT ultrapassa 96% (com dados coletados até a última sexta-feira), ante 89,3% da semana passada e 98% de mesmo ponto do ano anterior.
Mercado interno se mantém em ritmo lento; o foco segue direcionado para a logística da soja, fazendo com que os preços dos fretes subam de forma acentuada e cortem as indicações de preço no FOB também para o milho. Contrariamente, os problemas climáticos na Argentina e o conflito no Leste Europeu concorrem para promover sustentação aos preços.