INÍCIO AGRICULTURA Geral

Melhora climática na América do Sul continua pautando milho na CBOT

O mercado é pautado pela melhora climática da América do Sul, com boas chuvas na Argentina e no Sul do Brasil.

Os preços do milho iniciaram a manhã de segunda-feira, 23/01, na Bolsa de Chicago (CBOT), com queda de 5 cents, a 6,71/março. A BMF trabalha em R$ 90,25/março (-0,25%) e R$ 87,40/ julho (-0,2%).

De acordo com o analista Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, o mercado é pautado pela melhora climática da América do Sul, com boas chuvas na Argentina e no Sul do Brasil. Internamente, o câmbio, que segue muito instável, é outro fator que pode trazer nuances para os preços no decorrer da semana.

Segundo a Agrisensus, a Rússia divulgou na semana passada a possiblidade de diminuir as exportações de grãos do país, até mesmo de barrá-las, para garantir o abastecimento interno. Contudo, surpreendeu a todos que o governo tenha tomado uma medida exatamente oposta, reduzindo as taxas sobre as exportações de trigo, milho e cevada para registros no período de 25 a 31 de janeiro.

Camilo destaca que a Ucrânia já finalizou a colheita de todos os grãos e oleaginosas, exceto do milho, que ainda resta aproximadamente 13% a ser coletado. Até o momento são 24,4MT de milho colhido. Devido ao alto custo de armazenagem, é bem provável que parte das lavouras não será colhida. O USDA avalia que o país irá exportar 20,5MT na temporada 2022/23.

Levantamento do USDA indica que as exportações de milho dos EUA seguem muitas atrasadas. Somam, até aqui, na temporada, 23,1MT, ante 42,6MT do mesmo período do ano passado. Os embarques chegam a 11,1MT, contra 17,0MT.

O analista informa que devido ao atraso na colheita de soja no MT, o plantio de milho no estado está atrasado. Em dados coletados até a última sexta-feira, o IMEA informa que o percentual semeado é de 2,2%, ante 9,7% do mesmo ponto do ano passado.

Mercado doméstico se mantém enfraquecido. Porém, um olhar para frente, para o período de entressafra, a partir de março/abril, a tendência é que haja escassez de oferta. Dois fatores concorrem para isto: o forte ritmo das exportações, que concorre para fechar o ano comercial, em 31 de janeiro, com cerca de 48,0MT e a quebra da safra de verão, sobretudo por perdas acentuadas no Rio Grande do Sul.

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