Os números divulgados pela Conab sobre o a área plantada no Matopiba, área formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, mostram porque a região é considerada pelo Ministério da Agricultura uma das principais fronteiras agrícolas do país.
Os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) registram um novo aumento da área plantada de grãos em 2023 na região que agrega 337 municípios e 73,1 milhões de hectares produtivos, segundo o Grupo de Inteligência Estratégica (GITE) da Embrapa.
O crescimento acelerado e constante é registrado safra após safra, com o registro de aumento de produção e de área em todos os estados, reafirmados pelos números regionais na temporada 2022/2023.
Os dados mostram que a área plantada de grãos no Piauí cresceu 7,6% em relação à última safra. No Maranhão, a área plantada cresceu em 2,5% na comparação com a safra anterior. A área de grãos na Bahia cresceu 3,1% esta temporada, superando as 13 milhões de toneladas produzidas, acumulando neste ano 7,5 milhões de toneladas. Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins (Faet), o estado registrou 4,7% de crescimento na área plantada de grãos.
Os produtores rurais dos Estados da região são otimistas, mesmo diante dos desafios e a confiança nas boas condições climáticas oferecidas pelo Cerrado, Amazônia e Caatinga, biomas dos quais fazem parte os estados do Matopiba. O aumento de produtividade chegou a 7,4% na região.
No Maranhão, o cultivo dos grãos avançou no bioma Amazônia, em regiões onde antes não acontecia. O maior volume de hectares, porém, ainda está na região da cidade de Balsas, no Cerrado maranhense.
Na Bahia, as regiões que compreendem o vale e o Cerrado desenvolvem uma agricultura de subsistência e uma produção mecanizada e tecnificada, respectivamente. No estado baiano, o milho e o algodão completam a lista das principais commodities que elevam o nome do Matobipa ao status de nova fronteira produtiva do Brasil, sendo a soja o carro-chefe.
No Tocantins, o investimento em tecnologia cresceu nos últimos anos, tanto na agricultura quanto na pecuária, e este é apontado como o principal motivo para a constante conquista de novas áreas e grandes números de produtividade também no Tocantins.
