O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, nesta terça-feira (11), a Portaria nº 840 que estabelece os calendários de semeadura de soja referente à safra 2023/2024 para 21 unidades da Federação.
O calendário de semeadura é adotado como medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário. O objetivo é reduzir ao máximo o inóculo da ferrugem asiática da soja, considerada uma das mais severas doenças que incidem na cultura. A medida implementada no PNCFS visa a redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas no seu controle.
Em relação aos períodos dos calendários estabelecidos na safra anterior, as alterações para essa nova safra foram de acordo com a análise dos dados relativos ao levantamento do Consórcio Antiferrugem. Onde detectou expressivo aumento nos relatos da ferrugem asiática da soja na safra 2022/23. Principalmente em função do regime de chuvas ocorrido à época, conforme dados divulgados pela Embrapa Soja.
Como parte das estratégias de manejo da ferrugem asiática da soja, visando minimizar eventuais prejuízos, a Secretaria de Defesa Agropecuária adotou um período limitado de 100 dias corridos para os calendários de semeadura em todos os estados produtores de soja, de acordo com recomendação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Com o propósito de se evitar epidemias severas da doença durante a safra.
O Mapa reforça o alerta emitido em abril sobre a necessidade de um esforço conjunto por parte tanto dos produtores, quanto dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal quanto à revisão das finalidades e da quantidade de autorizações relativas aos cultivos em caráter excepcional.
A Ferrugem Asiática é uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, os danos variam de 10% a 90% da produção.