Após ser confirmado no último dia 15/07 um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves domésticas de subsistência em propriedade no município de Maracajá (SC), o avicultura brasileira sofreu mais uma sanção de importação de aves vivas e carnes.
No final do mês de junho, o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAFF) já tinha suspendido temporariamente as compras de carne de frango provenientes do Estado do Espírito Santo. Agora, o MAFF comunicou a decisão de suspender também a importação de produtos do Estado de Santa Catarina até que o Mapa encaminhe informações detalhadas sobre o novo caso.
O Brasil vive em estado de alerta permanente desde a detecção da infecção pelo vírus Influenza A de alta patogenicidade (H5N1) em aves silvestres aquáticas migratórias no país. O Ministério da Agricultura e Pecuária intensificou as ações de educação e comunicação de risco sobre a doença e das ações de vigilância em aves em todo o país.
Porém, no sábado (15/07), foi confirmado foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves domésticas de subsistência em propriedade no município de Maracajá (SC). Na propriedade se encontravam várias espécies de aves, entre elas galinha, galinha-d´angola, faisão, ganso, pato, perdiz e peru , que eram criadas soltas, mas não eram destinadas à produção de produtos para comercialização.
A contaminação veio provavelmente de uma pequena área alagada (açude) que existe na propriedade, onde são avistadas aves silvestres de vida livre.
A propriedade está interditada pelo MAPA desde o primeiro atendimento realizado pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). Após a confirmação, todas as aves foram eutanasiadas e as carcaças foram destruídas e enterradas.
De acordo com o Código Sanitário de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a ocorrência da infecção pelo vírus da influenza A de alta patogenicidade em aves silvestres e domésticas de subsistência não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP.
Seguindo a determinação de celeridade e transparência em relação aos casos de IAAP, o Mapa enviou na segunda-feira (17) os esclarecimentos demandados e segue trabalhando para que o impacto das restrições seja o menor possível aos exportadores brasileiros.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lidera uma delegação oficial que se reunirá com autoridades japonesas em Tóquio, na próxima semana, no intuito de que as autoridades do MAFF ajustem as exigências de importação de aves e seus produtos às diretrizes da OMSA.
O contato direto, sem proteção adequada, com aves doentes ou mortas deve ser evitado pela população. Todas as suspeitas de IAAP em aves domésticas ou silvestres, incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas imediatamente ao órgão estadual de saúde animal ou à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária por qualquer meio ou pelo e-Sisbravet.