Por Marcelo Martins*
Goiás é um estado que cresce e se desenvolve com tecnologia, inovação e riqueza. Não por acaso, dados do último censo recentemente divulgados apontam que o estado tem um crescimento populacional de mais de 1 milhão em relação ao último registro. E o agro está por trás desse número tão positivo, afinal, terra que mantém e atrai pessoas é lugar próspero.
Prova disso são também as evoluções no mundo tech que a região vem sediando, com empresas de fôlego, por exemplo na avicultura, prontas para evoluir tecnologicamente. Digo isso com conhecimento de causa e por estar inserido em uma empresa que trabalha com o abate de 500 mil frangos por dia – agora com a expectativa de abater até 1 milhão de aves/dial com os implementos que estamos fazendo com o que há de mais tecnológico em sistemas. O ambiente é de uma companhia que exporta para 72 países e que atua no ramo de laticínios também, com maquinários de última geração.
Como gestor de mudanças que está realizando a transição para softwares avançados de TI – SAP S/4HANA – no interior de Goiás, percebo que eventuais desafios, como de logística e de mão de obra, estejam superados pela receptividade das equipes locais quando as organizações querem mudar e sabem que aquilo vai impactar não só a empresa e os colaboradores, mas todo o entorno envolvendo stakeholders mais amplos.
E esse preparo da equipe que encontramos aqui quando chegamos tem a ver com investimentos da empresa e a competitividade do estado, que avança em termos de desenvolvimento no Brasil. Goiás progride com ERPs robustos para ter segurança e entrar, atrair e se valorizar nos mercados. É icônico já entre as empresas de grande porte o ponto que, para expandir de forma consistente, precisem investir em tecnologia.
Quando uma empresa de presença cresce, evolui e atinge novos patamares, crescem os empregos, os restaurantes, a rede hoteleira, a infraestrutura da comunidade da cidade como um todo. E é bom demais fazer parte de tudo isso! É um caminho para a geração de empregos, oportunidades e negócios na região.
Todo novo projeto tecnológico que envolve cifras volumosas, ao ser implementado, tem um histórico, e reter as pessoas em cidades menores é oportunidade. Isso vale a pena, e muito, porque mexe com toda a cadeia produtiva em que está inserido. É surpreendente a riqueza do estado de Goiás no que tange ao agro: há grandes empresas e elas causam um impacto e tanto nas pequenas, médias e grandes companhias também.
Quando uma empresa já tem suas políticas internas e procedimentos estabelecidos fica muito mais tranquilo para um Gestor de Mudança Organizacional (GMO) da área tech fazer o seu trabalho. A tecnologia aqui, em termos de fábrica, é de ponta e pode ser comparada a qualquer empresa do mundo.
Sobre o nosso trabalho em específico, a mão de obra também veio de outras cidades, o que demonstra que há muitas oportunidades aqui para que a população local se especialize e também para profissionais de fora, como equipes de São Paulo (SP) e Curitiba (PR), além de Goiânia (GO), fazendo toda a integração, alinhamento e engajamento para entregar o projeto o mais refinado possível.
Mesmo com os necessários controles rígidos, estamos diante de algo fora da curva, pela positividade do engajamento, o que me faz afirmar, sem dúvida, que este é um dos melhores projetos dos quais participei nos últimos 10 anos. A equipe toda, dos usuários que são chave até as pontas, quer ver o resultado. Isso estimula e coloca a certeza de que o Go Live, ou seja, a estreia da tecnologia após a transição e implementação, será um sucesso econômico e social.
*Marcelo Martins é GMO na Gateware.