Publicidade
Geral 15-07-2023 | 18:24:00

Feijões Mungo-preto e Guandu serão opções para Índia

A Índia enfrenta escassez dessas variedades específicas e o consumo delas chega a vários milhões de toneladas


Por:


Os principais exportadores em 2021 foram Tanzânia, Malawi e Moçambique, exportando respectivamente 191.330 toneladas, 47.113 toneladas e 32.830 toneladas para a Índia.

Países que exportam Feijão-mungo-preto (Black Matpe/Urad dal)

A Índia é um dos maiores importadores de Black Matpe (Vigna mungo), que também é conhecido como urad dal ou Feijão-mungo-preto. Embora seja um alimento básico importante na culinária indiana, a Índia também importa quantidades significativas dessa leguminosa de outros países. Alguns dos principais países exportadores de Black Matpe para a Índia incluem:

  • Mianmar (Birmânia): Mianmar é um dos maiores produtores e exportadores de Black Matpe, e a Índia importa uma quantidade considerável dessa leguminosa do país.
  • Tanzânia: A Tanzânia é outro grande exportador de Black Matpe para a Índia. O clima favorável e as condições agrícolas propícias da Tanzânia permitem a produção de altas quantidades de Lentilha-preta.
  • Uganda: Uganda também é conhecido por suas exportações de Black Matpe para a Índia. A produção de Lentilha-preta em Uganda tem crescido nos últimos anos, e a Índia é um dos principais destinos dessas exportações.
  • Sudão: O Sudão é um dos países africanos que exportam Black Matpe para a Índia. As condições climáticas e agrícolas favoráveis do Sudão contribuem para a produção e exportação dessa leguminosa.
  • Além desses países, a Índia também importa Black Matpe de outras nações, como Nigéria, Quênia, Malawi e Etiópia, dependendo da oferta e demanda do mercado.

E por que essas são as melhores opções de Pulses para o mercado indiano?

Se considerarmos os números, o consumo de Lentilhas não é tão expressivo em comparação com o Feijão-guandu, Feijão-mungo-preto e Feijão-mungo-verde, que têm um consumo maior. Além disso, existem concorrentes do Canadá e da Austrália que exportam a maior parte das Lentilhas para a Índia, e essa quantidade também não é muito grande.

Quanto às Ervilhas-verdes, vários países estão atualmente produzindo, como Canadá, Argentina e Austrália, e basicamente a produção de Ervilhas é muito alta. A produtividade é alta, e o governo indiano impôs algumas tarifas de importação também para as Ervilhas. 

Além disso, as Ervilhas-amarelas, principalmente, são substitutas das Lentilhas e, por isso, desde os últimos 5 anos e meio, desde abril de 2018, o governo da Índia proibiu a importação.

Eles restringiram a importação de Ervilhas-amarelas para o mercado indiano e agora não estão recebendo nenhuma Ervilha. Nem do Canadá nem da Europa, porque a Rússia é outro grande produtor de Ervilhas. 

O foco, portanto, deve estar no Feijão-mungo-preto, Feijão-guandu, Mungo-verde e nos caupis, rajados e vermelhos que terão demanda crescente pela Índia e outros países também. 

O IBRAFE (Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais) tem atuado fortemente para criar as bases nesse comércio com a Índia. Além de mediar a transferência de tecnologia desde a Índia para o Brasil, também tem buscado encontrar meios de dar segurança aos exportadores, uma vez que produzir Pulses, que têm mais de 90% destinados a um só país, traz riscos ao produtor brasileiro.

Estão em andamento entendimentos para que haja segurança para ambos os lados nessas negociações. 




Publicidade