Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT) chegam ao intervalo nesta manhã de terça-feira, 09/05, com perdas de 8 cents, a U$ 5,88/julho. Ontem, a CBOT encerrou zerada na posição presente e registrou leves perdas nos vencimentos mais distantes. Na BMF, maio opera em R$ 60,60 (-1,1%) e julho em R$ 62,00 (-0,8%).
De acordo com o analista de mercado, Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR, o mercado segue sob pressão devido ao bom andamento da semeadura da safra nos EUA e à baixa demanda pelo grão norte-americano. Em contrapartida, a renovação do acordo no leste europeu segue sem definição. Nenhum navio deixou a Ucrânia no domingo e na segunda-feira e 62 cargueiros estão carregados com produtos agrícolas nos portos ucranianos esperando por liberação.
O plantio de milho nos EUA disparou nesta semana, chegando a 49%, contra 21% da mesma data do ano passado; a média histórica é de 42%. Houve avanço de 23 pontos na semana. Em relação ao estágio, 12% está germinado, ante 5% do mesmo ponto de 2022.
De acordo com a CONAB, a colheita de milho verão atinge 67,5% em nível de Brasil, ante 63,6% da semana anterior e 76% de mesma época no ano passado.
Segundo Safras & Mercado, a comercialização de milho safrinha em nível de país, nesta temporada, chega a 24,3%, contra 31% da mesma época do ano passado média de 32,6%. Por estado, as negociações atingem: 33,9% no MT; 24,8% no MS; 22,6% em GO/DF; 7,9% no PR; 5,4% em SP e 2,4% em MG.
Enquanto isto, levantamento do IMEA indica que a comercialização de milho no MT segue atrasada. Dados coletados até o último fim de semana, mostram o percentual de 38,6%, ante 57,8% de mesmo ponto do ano anterior. A situação é semelhante para a próxima estação, 2023/24, em que a comercialização é apontada em 3% contra 9,4% do ano passado.
Mercado interno se mantém lento e pressionado, com cotações nos patamares mínimos em quase três anos. Aumento do interesse vendedor, avanço da colheita de verão, bom aspecto das lavouras de safrinha e certa acomodação das cotações internacionais seguem prevalecendo e pressionado a formação do preço.
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