Por Wandell Seixas/GO
A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) recebeu a imprensa, hoje (16), para apresentar um balanço das atividades no decorrer deste ano e as perspectivas para 2023. Ao agradecer a presença dos jornalistas, o presidente da Faeg, deputado federal José Mário Schreiner, demonstrou preocupação com o setor agropecuário em 2023. Em sua visão, haverá uma mudança política com o novo governo, que traz incerteza, e ainda há previsão de uma recessão econômica mundial.
Ao pedir “muita cautela” aos produtores, Zé Mário recomendou “dar os passos segurando o tamanho das pernas”. Com a mudança de governo no plano federal, a PEC da transição aumenta o risco de endividamento público, dificuldade de recursos para o crédito e seguro rural e, por fim, o direcionamento de diferentes políticas relacionadas ao setor.
Na projeção de um áudio, o espectador pode acompanhar a comunicação do FMI, observando que “o pior está por vir”. O Banco Mundial também bate na tecla da recessão econômica nos países. Os Estados Unidos, por exemplo, já apresentam as pressões inflacionárias e o baixo nível de atividade econômica. Na União Européia, previsão de redução no ritmo de crescimento e também pressão inflacionaria. A China, as previsões são de atividade econômica em queda com desaquecimento do mercado interno. Os chineses ainda sofrem sob o efeito da pandemia.
Os palestrantes Edson Novaes e Leonardo Machado, ligados ao sistema Faeg-Senar-Ifag, discorreram sobre as exportações do agro, perspectivas de preços, safra, pecuárias de corte e de leite, carnes, taxação, entre outros itens relativos, dando ênfase as incertezas no cenário próximo e exportações de Goiás. Leonardo acentuou a evolução da área de soja plantada no Estado e ambos apresentaram de forma sucinta números gerais da atividade agropecuária.
Por fim, Zé Mário demonstrou preocupação com a mudança de governo, com Lula, de uma tendência política, substituindo Bolsonaro, de linha conservadora. No plano agropecuário, o dirigente classista disse que o “Brasil sabe produzir bem e contribui para a alimentação de mais de um bilhão de pessoas”. Referia-se, naturalmente, ao mercado interno e às exportações para a Ásia. A Europa torna-se também um mercado potencial em decorrência da guerra da Rússia contra a Ucrânia que tende a prosseguir.