Os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT), iniciaram a manhã de quinta-feira, 26/01, com leve alta de 3 cents, a 6,78/março. A BMF trabalha em R$ 88,80/março (-0,3%) e R$ 86,75/ julho (-0,2%).
Na região de Santa Fé, na Argentina, graças as chuvas recentes, o plantio de milho mais tardio vai avançando. As lavouras semeadas mais cedo estão sofrendo devido ao calor e a seca ocorridos nesta virada de ano e as perdas devem ultrapassar os 20%.
Apesar de fatores positivos, o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, informa que as variáveis negativas predominam e pressionam as indicações de compra. Como fator positivo, pode-se citar a forte exportação brasileira de milho em dezembro e janeiro, bem como ao longo da temporada; além disto, a quebra de produção do Sul do Brasil e na Argentina promovem suporte. Em contrapartida, pesa negativamente, as recentes chuvas, muito benéficas, em extensas regiões da América do Sul, notadamente na Argentina, bem como o avanço da colheita em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Motter destaca que por estas razões, o mercado doméstico se mantém enfraquecido. Porém, um olhar para frente, para o período de entressafra, a partir de março/abril, indica a possibilidade de escassez de oferta. Dois fatores concorrem para isto: o forte ritmo das exportações, que caminha para fechar o ano comercial, neste fim de mês, com mais de 47,0MT e a quebra da safra de verão, sobretudo por perdas acentuadas no Rio Grande do Sul.