As manifestações contrárias à eleição do presidente Lula continuam a render multas e bloqueios aos participantes. Agora foi a vez do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o bloqueio de contas bancárias de 43 supostos financiadores de manifestações. Uma das principais empresas atingidas foi a Sipal, gigante do setor de grãos, que detém faturamento de R$ 10 bilhões por ano e empresa 3 mil funcionários.
Em virtude da decisão judicial de Moraes, caminhoneiros têm se organizado para fechar rodovias ao redor país. Áudios que circulam em grupos da categoria mostram que a iniciativa já alcançou Mato Grosso, que emprega grande quantidade de funcionários da Sipal.
Os protestos de caminhoneiros aumentaram na semana passada e o mais recente Boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que há 17 manifestações de caminhoneiros em rodovias do país: quatro bloqueios totais em estradas federais e 13 interdições parciais.
O Sindicato Rural de Sorriso (MT) emitiu uma nota se solidarizando com os funcionários da Sipal. “É importante destacar que a livre manifestação e a liberdade de expressão são garantias constitucionais, cláusulas pétreas e representam os alicerces do Estado Democrático de Direito”, afirmou a organização. “Faz-se necessário que haja uma sociedade bem informada e participativa no sistema jurídico-partidário, devendo ser coibido qualquer ato de censura.”