Ninguém tem dúvida que o solo é fundamental para preservação da vida na Terra. Dele são extraídos nutrientes essenciais para florestas e lavouras, além de filtrar a água e ajudar na regulação da temperatura. Diante disso, nada mais justo do que celebrar o 5 de dezembro, Dia Mundial do Solo. A data serve também para sensibilizar as pessoas sobre a desertificação, a degradação e a seca.
O solo considerado ideal para a agricultura é o que apresenta boa profundidade para o armazenamento de água e crescimento e desenvolvimento das raízes. No Brasil, 70% do território é ocupado pelos tipos Latossolos, Argissolos e Neossolos. Os ideais são os ricos em nutrientes, com grande fertilidade, elemento extremamente positivo para as plantações. As áreas pobres necessitam de adequações e adaptações para o cultivo dos alimentos.
Contaminação
Estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura identificou que a erosão, salinização, compactação, acidificação, contaminação e selamento da terra são responsáveis pela degradação de 33% do solo mundial. O relatório elaborado com a participação brasileira da Embrapa constatou ainda que quando o solo é tratado de forma sustentável tem a função de realizar o sequestro de carbono e outros gases do efeito estufa reduzindo os efeitos das mudanças climáticas.
O uso irresponsável do solo ameaça a produção de alimentos e o planeta. Como ele é capaz de reter grande quantidade de contaminantes, caso haja um uso irregular de defensivos, irá fragilizar e reduzir a sua fertilidade. Também pode desencadear a morte de micorrizas, que são as associações entre fungos da classe Zigomicetes e raízes de plantas vasculares, ocorrendo nos mais variados ecossistemas da Terra, além de diminuir a biodiversidade do solo, provocar acidez etc.
Por outro lado, os defensivos agrícolas são utilizados para o controle das pragas que atacam as lavouras para garantir a saúde das plantações e o suprimento mundial de alimentos. O uso correto permite a sustentabilidade da produção, fato que mantém o Brasil como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do planeta.
A agricultura é um dos principais setores da economia brasileira e responde por 28% do PIB, de acordo com informações do Banco do Brasil. Um dos caminhos para os produtores conseguirem um solo mais fértil e saudável é fazer uso da tecnologia, que possibilita o crescimento deste setor no país de forma sustentável, com a preservação do solo e de toda a natureza.
Entre as possibilidades de utilização da tecnologia a favor do campo e do meio ambiente está a agricultura de precisão. Ferramentas como uma plataforma de gestão e monitoramento da pulverização podem contribuir para que defensivos sejam utilizados de maneira mais assertiva, somente dentro da área de cultivo, preservando o solo dos arredores.
"Com o sistema de gestão e rastreabilidade de pulverização é possível realizar o controle das áreas que precisam receber o defensivo, sem que haja contaminação de outros solos. Existe uma redução da quantidade de defensivos aplicados por hectare e, consequentemente, a diminuição de perdas. Por meio de mapas, das faixas de aplicação definidas no pré-voo, impedimos a pulverização fora da área de plantio. Assim, preservamos importantes ecossistemas como solo, rios, a fauna e a flora ao redor", esclarece Paulo Villela, gerente de Desenvolvimento de Negócios na Perfect Flight, a primeira e mais completa plataforma de gestão e rastreabilidade de pulverização aérea do mundo.