Os temas mais importantes em relação às questões ambientais fizeram parte da pauta da reunião da Comissão Técnica (CT) de Meio Ambiente da FAEP, nesta quinta-feira (13). O encontro, na sede do Sistema FAEP/SENAR-PR, em Curitiba, contou com a participação de mais de 50 sindicatos rurais do Paraná, que debaterem tópicos como Reforma Tributária, pulverização aérea, licenciamento ambiental e análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Na abertura, o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, chamou a atenção para a urgência do debate envolvendo as questões ambientais no país.
De acordo com o presidente da CT de Meio Ambiente, José Carlos Colombari, a ampla participação dos líderes rurais na reunião demonstra a importância dos debates ambientais para o setor agropecuário.
Nós precisamos de um alinhamento de tudo o que fizemos nas últimas décadas e padronizarmos o que vamos fazer daqui para frente. Meio Ambiente envolve um embate constante com diferentes setores e seus respectivos interesses. Para que nós sejamos ouvidos e que seja reconhecida nossa preocupação ambiental, precisamos de união e estratégia.
Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR
“Nós precisamos da colaboração de todos para trazer as demandas e podermos agir de forma coesa e ágil. Sabemos que as questões ambientais afetam o dia a dia do produtor rural e precisamos manter nossa união”, ressaltou Colombari.
Durante a reunião, a advogada Samanta Pineda, especialista em Direito Socioambiental, elencou os principais temas sobre questões ambientais no Brasil. Samanta apontou embates ideológicos envolvendo o meio ambiente, quando estes deveriam estar embasados em critérios técnicos e científicos.
A lista de temas cruciais envolve a votação da Reforma Tributária no Congresso Nacional; o Projeto de Lei 1.459 de 2022, que busca alterar a regulamentação sobre a pulverização aérea; o PL 2.159 de 2021, que dispõe sobre o licenciamento ambiental de atividades poluidoras; a análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR); Plano Nacional de Fertilizantes e as regras exigidas pelo Banco Central para comprovação de conformidade com aspectos ambientais.
“Um aspecto positivo é que temos uma frente parlamentar atuante, com federações muito consistentes, com a FAEP sendo uma referência. Precisamos estar unidos, mas com estratégia, com plano de trabalho. Somente tendo claro o que fazemos e o que precisamos fazer é que vamos conseguir efetividade”, apontou Samanta.
A programação da reunião também contou com a apresentação de um estudo da Embrapa Territorial, encomendado pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, que está realizando o mapeamento da disponibilidade hídrica do Paraná, além de localizar geograficamente as granjas de aves e suínos e os tanques de produção de peixes. De acordo com o chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, e o pesquisador da entidade Rogério Resende, o levantamento, quando finalizado, vai ser um instrumento importante para a definição de políticas públicas para a produção de proteínas animais em território paranaense.