A semana começou com o mercado sendo pressionado por nova onda de covid na China, que tem adotado uma política de tolerância zero contra a doença – o que implica em fechamento de atividades econômicas e, consequentemente, em redução da demanda. A segunda-feira, 27/11, a soja abriu com preços em baixa nos futuros de Chicago – menos 3 cents, a U$ 14,26/janeiro. Na última sexta-feira, 18/11, a CBOT apresentou ganhos de 11 cents; mas, na semana, houve perdas de 1%.
Depois dos ganhos verificados na primeira quinzena deste mês, o mercado entrou sob certa pressão, diante da entrada da safra norte-americana no mercado e do bom ritmo do plantio no Brasil. Pesa também as dúvidas sobre o vigor da demanda chinesa e a firmeza do dólar contra as moedas de países importadores.
O plantio da safra brasileira chega a 76,7%, ante 84,2% da mesma época do ano passado e 77% de média histórica. Os dados fazem parte do levantamento semanal conduzido pela consultoria Safras & Mercado. No MT e MS, os trabalhos estão praticamente finalizados, com 99%; no PR, 96%; em GO, 85%; MG, 69% e no RS, 30%. A produção está estimada em 154,5MT, aumento de 21% sobre as 127,5MT colhidas na última estação. A consultoria estima a área semeada em 43,74MH, aumento de 3,7% sobre os 42,2MH do ano anterior. A produtividade também é esperada em alta, com ganhos de 17%, de 50,6 scs/ha para 59,2 scs/ha.
A formação do preço interno segue postada na paridade de exportação. O câmbio segue apresentando muita volatilidade diante das perspectivas do novo governo, sabidamente mais estatizante. Prêmios no spot são indicados na faixa de 205/230.