Depois de operar com quase 1% de alta, os preços de milho na Bolsa de Chicago reverteram para o campo negativo na manhã de quarta-feira 18/01, cotados em 6,82/março, baixa de 3 cents. A BMF trabalha em R$ 91,30/março (-0,60%) e R$ 88,40/ julho (-0,3%).
Segundo o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR, os ganhos dos últimos dias foram pautados nos menores estoques norte-americanos e globais, conforme relatórios de estoques trimestrais e de oferta e demanda do USDA. Além disto, deve-se considerar a alta do petróleo e a queda do dólar nos mercados internacionais (o que torna o produto norte-americano mais competitivo).
Além disso, os noticiários reportam rumores de que o presidente Putin deve limitar as exportações de produtos agrícolas do país. A alegação é de que seria necessário manter níveis confortáveis de estoques internos.
De acordo com APK-Inform, a Ucrânia exportou 17,5MT de grãos via corredor do Mar Negro depois da celebração do acordo com a Rússia, Turquia e ONU, em primeiro de agosto do ano passado – totalizando 653 navios. De acordo com agente do ministério ucraniano, citado pela agência, os volumes exportados são expressivos, apesar de a Rússia continuar dificultando os trabalhos.
Camilo ressalta que o USDA informou ter inspecionado o embarque de 0,77MT de milho na última semana – ficando bem acima do esperado. Na estação, no entanto, o ritmo segue lento e soma 10,8MT, ante 15,3MT do mesmo intervalo do ciclo passado.
A ANEC aumentou a projeção das exportações de milho brasileiro neste mês de janeiro para 5,1MT (2,2MT em janeiro do ano passado). Com isto, as exportações do ano devem ultrapassar a marca de 47,0MT, ante 20,8MT da temporada anterior.