Os contratos negociados com soja na CBOT chegam ao intervalo desta manhã de quarta-feira com queda de 10 cents por bushel, negociados a U$ 13,61/novembro. Desde a divulgação do relatório mensal de oferta e demanda, apesar do corte de 2,0MT na produção dos EUA, para 117,4MT, as perdas se acumulam em mais de 30 cents.
Em contraposição à redução da produção, o mercado avalia que o consumo está mais contido e, com isto, os estoques globais passaram a ser estimados em alta. O bom ritmo da colheita norte-americana, bem como o avanço do plantio no Brasil contribuem para a letargia do mercado. Em termos técnicos, os investidores mantêm o temor quanto a uma possível recessão em países centrais em 2023 e acabam fugindo de ativos de risco, como é o caso das commodities agrícolas.
O plantio da safra de soja no Paraná chega a 33%, informa o DERAL. Na semana houve progresso de apenas 7 pontos em razão da excessiva umidade. A área prevista é a maior da história, com 5,73MH, aumento de 1% sobre os 5,67MH do ano passado.
Mercado interno se mantém pressionado diante das seguidas perdas externas. A expectativa segue voltada para as oportunidades de venda que podem surgir no período de entressafra, quando as indústrias se tomam mais competitivas em razão da necessidade de abastecimento interno. Ao mesmo tempo, os produtores estão voltados para a implantação da nova safra. Existem, também, preocupações com possíveis adversidades climáticas em razão da continuidade do La Niña. Prêmios no spot são indicados na faixa de 240/250.
Indicações de compra na faixa entre R$ 180,00/181,00 no oeste do estado; entre R$ 186,00/187,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local de embarque.
