A pitaia é uma das frutas que começam a ganhar o gosto dos brasileiros e do mundo todo também por suas propriedades de nutrição e farmacêuticas (nutracêuticas) e funcionais, além do sabor e das cores chamativas. Para analisar as técnicas produtivas, as oportunidades de negócios e estabelecer um ordenamento para a evolução no Estado, está sendo realizado nesta semana, em Marialva, o primeiro encontro paranaense da cultura.
Uma análise sobre a presença da fruta no Brasil e no Paraná está no Boletin de Conjuntura Agropecuária, produzido pela Secretaria de Estadual de Agricultura do Paraná (SEAB) . O estudo é apresentado pelo agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral), Paulo Andrade, também um dos palestrantes do encontro estadual. O boletim é publicado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
O documento aponta que os primeiros registros de plantios comerciais de pitaia no Brasil são do início dos anos 2000, em Itajobi (SP). Em 2005, há a primeira sinalização de comércio no atacado na Unidade Grande Rio, da Ceasa/RJ. Atualmente, o Brasil entrou no mercado exportador da fruta. Em 2021, foram enviadas para o exterior cerca de 330 mil toneladas, com faturamento de US$ 1,4 milhão.
Números sobre o cultivo comercial apareceram no Censo Agropecuário 2017, do IBGE. Ele contabilizou 640 estabelecimentos produzindo a pitaia. À época foram colhidas 1.422 toneladas em 530 hectares, resultando em R$ 6,99 milhões de Valor Bruto de Produção (VBP). São Paulo esteve na liderança, com 39,3% de participação.
O Paraná apareceu na sétima colocação, com 3,5%. A fruta era cultivada comercialmente em 29 municípios do Estado, com Marialva e Carlópolis à frente. Foram colhidas 34 toneladas em 22 hectares, que garantiram R$ 49,9 milhões de VBP.
O Boletim de Conjuntura Agropecuária registra ainda que, em 2021, nas unidades da Ceasa/PR, foram comercializadas 214,6 toneladas de pitaias, com R$ 3,8 milhões em negócios. A maior parte (51,5%) teve origem em Santa Catarina, seguido do Paraná (25,1%) e São Paulo (16%). Neste ano já se transacionou R$ 2,5 milhões, com venda de 194,7 toneladas. As cotações médias estão a R$ 12,75/kg.