Os futuros de commodities na Bolsa de Chicago (CBOT) encerram em alta nesta quinta-feira (12/09) após a publicação do relatório de oferta e demanda do USDA.
Para a soja o relatório trouxe poucas alterações e em resumo foi levemente positivo para os contratos. A produtividade se manteve inalterada com relação ao relatório do mês passado, enquanto o mercado esperava um leve aumento, saindo de 59,63 sacas por hectare para 59,85.
Com isso a produção também ficou abaixo do esperado. O relatório de setembro veio levemente abaixo do anterior, com expectativa de 124,81 milhões de toneladas e por fim o estoque final também teve uma leve revisão para baixo, com expectativa de encerrar o programa com o total de 14,97 milhões de toneladas.
Após a publicação os mercados chacoalharam, mas conseguiram se firmar mais próximo do fechamento e encerraram com alta, no grão a alta foi de 1,02%.
Já o óleo subiu 1,25% e o farelo com 1%. Neste relatório o USDA manteve sua projeção de 105 milhões de toneladas para a exportação Brasileira na safra 24/25. E a expetativa da produção ficou em 169 milhões de toneladas.
Para o milho o relatório foi levemente negativo para os preços, a produtividade neste relatório de setembro veio em 192,07 sacas por hectare, acima da expectativa do mercado, contribuindo para um aumento na expectativa da produção que foi acrescida em 1MT, a 385,73 milhões de toneladas.
Após a publicação do relatório o milho trabalhou no campo negativo, mas conseguiu se recuperar devido a alta da soja, encerrando o dia com alta de 0,31%.
Para o trigo o relatório trouxe aumento nos estoques globais, enquanto o mercado esperava uma diminuição, esse fator contribuiu para a queda do trigo que hoje foi a única commodity a encerrar no negativo, com queda de 0,13%.
Na B3 os futuros de milho encerraram mistos, tivemos alta de 0,62% para o contrato de setembro que vencerá na próxima segunda-feira (16/09) e queda de 0,73% para o contrato de novembro.
A princípio estamos vendo um movimento corretivo nos preços, vale lembrar que a colheita nos EUA já iniciou e a entrada ofertas pode pressionar os preços para baixo.
Por outro lado o problema de navegação pelo rio Mississipi acaba dificultando o escoamento dos grãos pelos portos do Golfo e parte da demanda pode ser redirecionada para o Brasil, fornecendo um contrapeso, mantendo os preços mais estáveis por enquanto.
O Banco Central Europeu cortou a taxa de juros em 0,25 pontos percentuais, porém em sua coletiva a presidente do BCE não se comprometeu com mais cortes para a próxima reunião.
Esse corte foi visto com otimismo pelo mercado e as bolsas europeias encerraram todas em alta, o EURO STOXX 50 subiu 1,04%.
Na Ásia, bolsas subiram refletindo o dado de ontem, como havia antecipado para vocês, a maior alta ficou com a bolsa japonesa que se valorizou em 3,55%.
Nos EUA o dia também foi positivo, S&P 500 subiu 0,73% e a NASDAQ sobe 1,05%.
No Brasil o IBOVESPA opera levemente no negativo e se encaminha para o fechamento com uma queda de 0,34%.