Na última semana da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), em Glasgow, a CNA participou do Dia do Agro, na segunda (8), com painéis e debates sobre a produção sustentável da agropecuária brasileira, e acompanhou as negociações do Acordo de Paris, dando apoio aos negociadores brasileiros.
Em Glasgow, a Confederação manteve reuniões com a equipe negociadora brasileira, defendendo o ponto de vista dos produtores, participou de diversos painéis sobre financiamentos para projetos e iniciativas sustentáveis no Brasil, além de acompanhar a tomada de decisão para regulamentação do mercado de carbono.
“Por meio da CNA, os posicionamentos do produtor rural brasileiro em relação à questão ambiental foram apresentados ao mundo na COP-26 e, sem dúvida, a conferência foi um momento importantíssimo para que a CNA mais uma vez cumprisse sua missão de representar o produtor rural brasileiro e defender a imagem dos produtos do agro”, disse Muni Lourenço, vice-presidente da CNA e chefe da delegação da Confederação na COP.
As negociações da conferência do clima devem ser concluídas na madrugada de sábado (13), principalmente em relação à regulamentação do mercado de carbono e ao financiamento para cumprimento das metas acordadas.
Para Muni Lourenço, o agro brasileiro teve uma participação à altura de sua importância para a segurança alimentar e para a sustentabilidade ambiental e climática.
“Os esforços e a grande contribuição dos produtores brasileiros à preservação ambiental e à segurança alimentar foram evidenciados durante a COP-26 e nossa expectativa é de que cada vez mais isso seja reconhecido e valorizado pelo mundo.”
Na segunda (8), o Dia do Agro teve três painéis, o primeiro foi “Pecuária Sustentável” com a participação de Muni Lourenço. Ele falou sobre o uso das tecnologias de baixa emissão de carbono (ABC) que têm contribuído para o crescimento da produção de carnes no País.
No painel “Agricultura Sustentável”, o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA e produtor rural, Ricardo Arioli, mostrou os resultados que alcançou na sua propriedade em Mato Grosso, onde produz até três safras por ano, devido ao investimento em tecnologias ABC.
E no painel “Agricultura sustentável como caminho para a preservação ambiental: o efeito poupa terra”, o assessor técnico da Diretoria de Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Rafael Costa, apresentou exemplos de produtores rurais que participaram dos projetos ABC Cerrado e Fip Paisagens Rurais e aumentaram a produtividade e a renda.
Ainda durante a programação do Dia do Agro, o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, participou do painel “Crescimento Verde”, onde destacou a importância da classe média rural e da transferência de tecnologia para que o Brasil cumpra suas metas de preservação ambiental e de alimentar o mundo.
Também na segunda, Muni Lourenço, se reuniu com parlamentares da Câmara dos Deputados, e o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, para apresentar o posicionamento do agro sobre os temas debatidos na COP.
