INÍCIO AGRICULTURA Geral

Clima mais seco nos EUA não devem afetar cotações de grãos a longo prazo

As previsões de clima mais seco nos EUA se tornaram frequentes nas últimas semanas. Os preços reagiram e, em relatório desta semana, a hEDGEpoint Global Markets, companhia especializada em commodities, analisa se as preocupações do mercado são justificadas.

Altas de preços no curto prazo são possíveis (se não prováveis) devido às previsões climáticas. Contudo, mantemos uma visão de boa safra nos EUA, já que o clima durante maio e primeira quinzena de junho tem um impacto menor nas produtividades em comparação com o final de junho e julho.

As anomalias para as próximas duas semanas são estimadas na ordem de aproximadamente 2 mm/dia abaixo do normal. Embora não desprezíveis, essas anomalias estão dentro da marca de um desvio padrão para a maior parte do Meio-Oeste.

O fato é que os futuros de soja e milho caíram consideravelmente desde o início do ano, com uma série de notícias baixistas. Assim, o mercado se torna mais sensível a notícias altistas às quais prestaria menos atenção em outros cenários.

Agora, não pretendemos pintar uma imagem perfeita para o clima dos EUA. Certamente há alguns pontos de atenção. Por exemplo, o Drought Monitor dos EUA mostrou nesta semana 26% da área de milho sob estresse hídrico moderado ou pior. Embora um número não muito preocupante, ele é superior aos 19% do ano passado. No entanto, um fator amenizador é que a maioria dessas áreas está em Nebraska e Kansas, regiões que devem receber alguma chuva.

Além disso, o clima durante maio e início de junho não é tão impactante para a produtividade do milho quanto no final de junho e, principalmente, julho. Com o Memorial Day (29) marcando o início do mercado climático nos EUA, será muito relevante monitorar se essa seca persistirá.

Os preços certamente podem subir no curto prazo para refletir essas previsões climáticas, mas por enquanto continuamos céticos de que elas mudem a visão positiva de longo prazo para a safra. Além disso, os futuros já refletem uma relação estoque/uso (E/U) menor do que a registrada no WASDE de maio. Assim, mesmo que a produção acabe diminuindo mais tarde, o upside pode ser limitado.

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