Os futuros da soja fecharam em alta nesta terça-feira (06/12) na Bolsa de Chicago, influenciada pela continuidade da demanda chinesa, que comprou 264 K nesta terça-feira, além de 240 K para destinos desconhecidos. No dia anterior já havia sido relatado venda de 130 k para a China. Clima adverso na América do Sul também deu suporte às cotações.
O contrato de soja para janeiro23 fechou em alta de 1,30% ou $ 18,75 cents/bushel a $ 1456,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 1,17%, ou $ 17,0 cents/bushel a $ 1470,0. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em forte alta de 3,77% ou $ 16,3/ton curta a $ 448,3 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em nova queda de 1,23% ou $ 0,80/libra-peso a $ 64,10.
NOVAS VENDAS PARA A CHINA
O USDA anunciou esta manhã, no sistema de relatórios diários, que 264.000 toneladas métricas de grãos de safra antiga foram vendidas para a China. Outras 240.000 MT foram vendidas a “desconhecido” para entrega em 2022/23. Como lembrete, a China precisa comprar uma média de mais de 1,8 MMT por semana de todas as origens para atender às necessidades domésticas de esmagamento. As exportações oficiais de soja do Censo para outubro também foram divulgadas esta manhã. Eles foram 9,781 MMT (359 milhões de bushels) e caíram 9% em relação ao ano anterior. As exportações de farelo de outubro foram de 871.000 toneladas, uma queda de 12% ano a ano. As exportações de óleo de feijão totalizaram apenas 10.000 toneladas métricas, uma queda de 59,6%.
PRÉ-WASDE
As estimativas pré-relatório para o WASDE de dezembro apontavam a produção de soja em 233,3 mbu em média. Isso representaria um aumento de 13,3 mbu em relação à estimativa de novembro e reflete uma ampla gama de expectativas de 200 mbu a 296 mbu. A média das estimativas para a safra brasileira de soja é de 152,5 MMT, o que seria 500 mil toneladas acima da previsão do USDA de novembro, se concretizada. A gama completa vai de UNCH a 155,1 MMT. Estima-se que a Argentina tenha reduzido 700k MT para 48,8 MMT.
ARGENTINA-DÓLAR SOJA 2 NÃO ESTÁ FUNCIONANDO
O "dólar da soja" está deflacionando: os preços ofertados continuam subindo devido ao menor interesse dos produtores em se livrar do grão. Os esforços da demanda evidenciam que não são poucos os empresários agrícolas que interpretam que, na atual conjuntura climática e internacional, é muito mais seguro ficar com a "moeda soja" do que com "pesos argentinos", por mais "anabolizantes instrumentos monetários" e financeiros fornecidos pelo governo com o objetivo de tentar promover o fator "tentação" entre os produtores. Fonte: Valor Soja
BRASIL/CONAB: PLANTIO DE SOJA SAFRA 2022/23 ALCANÇA 90,7%
O plantio da safra brasileira de soja 2022/23 atingiu 90,7% da área total estimada até o último sábado (3), avanço de 4,6 pontos porcentuais em uma semana, em comparação com os 86,1% reportados na semana anterior, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em levantamento semanal de progresso de safra. A semeadura da oleaginosa está atrasada na comparação com o ciclo passado, quando em igual período do ano 95,1% das lavouras já estavam plantadas. Mato Grosso, principal Estado produtor do grão, tem 99,9% da área semeada. O Estado mais atrasado é o Maranhão, com 56%.
