O Brasil poderá superar, esse ano, a exportação de milho dos norte-americanos. De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil pode ocupar a liderança mundial nas exportações do cereal em 2023, com um total de 50 milhões de toneladas.
De acordo com as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, estima-se que as exportações do setor atinjam a marca de 48,897 milhões de toneladas, demonstrando um declínio também na produção deste ano, com um volume de 349 milhões de toneladas em comparação com as 383 milhões de toneladas registradas em 2022.
Para o especialista em comércio exterior, Fábio Pizzamiglio é necessário acompanhar a valorização do real frente ao dólar como maneira de prever a lucratividade da atividade durante 2023.
“Estamos vivendo um processo de valorização da nossa moeda internacionalmente. Isso deixa o nosso produto mais barato, mas pode afetar a lucratividade dos produtores locais. Esse desafio deve ser pensado, principalmente quando consideramos a capacidade de produção do nosso país. Com a safra de milho da segunda safra se aproximando e o histórico aumento do fluxo de exportação a partir de agosto, é esperado que os volumes de embarques continuem crescendo. No entanto, tanto no mercado físico brasileiro quanto no internacional, estamos observando uma desvalorização dos preços devido ao avanço da colheita da safrinha, o que tem enfraquecido a demanda pelo cereal”, comenta Pizzamiglio.
Fonte: AgroClima by Climatempo