INÍCIO AGRICULTURA Geral

Bom plantio nos EUA e demanda comedida fazem soja abrir com pequena queda em Chicago

Safra cheia no Brasil, perspectiva de bom início do plantio nos EUA e demanda comedida são fatores de pressão

Os preços da soja trabalham com perdas nos futuros de Chicago nesta manhã de segunda-feira, 06/03, com menos 4 cents, a U$ 15,14/maio. Na última sessão houve ganhos de 10 cents, numa semana marcada por recuperação. Safra cheia no Brasil, perspectiva de bom início do plantio nos EUA e demanda comedida são fatores de pressão; por outro lado, quebra acentuada com possibilidade de novos cortes na colheita argentina promovem limitação das perdas.

Nesta quarta-feira, o USDA irá apresentar o relatório mensal de oferta e demanda relativo a março. São esperados cortes nos estoques dos EUAS e do mundo. Mas a expectativa toda está voltada para uma nova e drástica redução da produção da Argentina – que pode cair a níveis de 36,0MT, cerca de 15,0MT abaixo das projeções iniciais.

Segundo o analista de mercado, Camilo Motter da Corretora Granoete, de Cascavel/PR, a Argentina deve lançar uma terceira rodada do chamado “dólar soja” – uma taxa de câmbio mais elevada para estimular as exportações de soja e derivados. Na primeira rodada, em setembro/22, o volume de exportações com taxa de câmbio especial chegou a 13,0MT; a segunda rodada, em dezembro, resultou em mais 5,1MT. A próxima rodada deve favorecer também operações no mercado interno para viabilizar o abastecimento da indústria, num ano de pesadas perdas caudas por irregularidades climáticas.

O adido do USDA no Brasil manteve a estimativa de colheita de soja em 153,0MT; as exportações, no entanto, podem alcançar 97,0MT; oficialmente, o USDA prevê 92,0MT. Na temporada passada os números foram, respectivamente, 129,5MT e 79,1MT.

A colheita da safra brasileira chega a 39,7%, ante 50,5% do mesmo ponto do ano passado. Na semana houve avanço de 9 pontos. Os dados fazem parte do levantamento semanal da consultoria Safras & Mercado. No MT os trabalhos estão em 88%; GO, 60% e, no PR, 23%.

Motter destaca que no mercado interno, os preços seguem pressionados. As indicações se mantêm pouco atrativas. Isto deixa lento o fluxo de negócios, apesar da necessidade de vendas por questões logísticas e financeiras. O mercado sente o avanço da colheita e da perspectiva de safra cheia no Brasil diante de uma demanda internacional sem sobressaltos. O excesso de umidade em algumas regiões de cultivo ainda causa entrave nos trabalhos de campo e causa preocupações.

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