A recente onda de casos de vírus da influenza aviária em aves silvestres, que até já somam 52 focos no Brasil, sendo 4 deles na região Sul (3 no PR e 1 no RS) está colocando em alerta toda a cadeia da indústria da avicultura comercial brasileira. Porém, Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná), afirmou para a reportagem do portal RuralNews que o setor está há muito tempo preparado para enfrentar a gripe aviária e outras ameaças como essa.
Já o primeiro caso em aves domésticas de subsistência (quintal) foi notificado nesta terça-feira, 27, pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Estado do Espírito Santo, o que levou ao primeiro embargo comercial brasileiro por causa da ameaça. O Ministério da Agricultura do Japão suspendeu a importação de carne de aves e derivados do Espírito Santo a partir desta quarta-feira, dia 28, em comunicado oficial.
Roberto Kaefer destaca que a maioria dos casos aconteceu em áreas litorâneas, longe da maioria das granjas comerciais de aves. Kaefer afirma que agricultura brasileira está muito bem preparada e não vai deixar a enfermidade chegar na indústria comercial de aves.
"O importante é ressaltar que a agricultura brasileira e paranaense está há muito tempo preparada na questão de sanidade, fazendo os controles sanitários muito rígidos, desde banhos, troca de roupas, desinfecção de caminhões na chegada das granjas, destinando caminhões exclusivos para determinados lugares, entre outras ações", afirma o presidente do Sindiavipar.
Em relação ao embargo japonês, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), divulgou em nota oficial que considera uma atitude exagerada, pois não há no Brasil qualquer risco de transmissão da enfermidade para os consumidores por meio do consumo de produtos, informação que é respaldada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), OMSA e todos os órgãos internacionais de saúde humana e animal.