Com atuação estratégica, profissionais comemoram conquistas e projetam o futuro da carreira
No dia 30 de junho, a carreira dos auditores fiscais federais agropecuários completa 25 anos de existência no Brasil. Esses profissionais atuam de forma estratégica em toda a cadeia produtiva, com presença em áreas rurais, portos, aeroportos, fronteiras, frigoríficos e laboratórios oficiais, garantindo a sanidade animal e vegetal, a segurança dos alimentos e a manutenção da imagem do Brasil como potência agroexportadora reconhecida por mais de 300 países.
Criada para unificar e qualificar a fiscalização agropecuária nacional, a carreira é composta por engenheiros agrônomos, médicos veterinários, farmacêuticos, químicos e zootecnistas, todos selecionados por concurso público e com respaldo do Estado para exercer atividades típicas de polícia administrativa.
Atualmente, cerca de 2.300 auditores estão em atividade no país. Apesar do papel essencial desses servidores para a soberania alimentar e a reputação do agronegócio brasileiro, o déficit de 1.350 profissionais preocupa o setor. A convocação dos aprovados no Concurso Público Unificado (CNU) pode atenuar a situação, mas ainda não será suficiente para atender a demanda nacional.
Outros desafios da carreira incluem a falta de estrutura adequada, como veículos e equipamentos, além de pressões externas e riscos à segurança em regiões remotas. Os profissionais também alertam para tentativas de privatização de atividades típicas do Estado, como as inspeções ante mortem e post mortem, denunciadas ao Ministério Público Federal por colocarem em risco a saúde pública e a credibilidade internacional do Brasil.
Em outubro, o município de Bento Gonçalves (RS) sediará o Congresso Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Conaffa), principal fórum de debate sobre os rumos da carreira. O evento discutirá temas como modernização, inovação tecnológica e fortalecimento institucional.