Os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a manhã de segunda-feira (27), operando em leve alta, a U$ 6,51/março. Na sexta-feira, houve perdas de 10 cents; a semana anterior foi extremamente negativa, com perdas superiores a 4%. A BMF trabalha em R$ 87,60/março (-0,3%) e R$ 88,25/ julho (-0,05%).
Segundo o analista de mercado Camilo Motter da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, a pressão recente foi atribuída, principalmente, à perspectiva de aumento de área no cultivo de milho nos EUA na próxima estação; a força do dólar (que diminui a competividade do produto norte-americano) e baixas no vizinho trigo também se somaram às perdas. Por outro lado, as perdas são limitadas pelo conflito no Leste Europeu (em que a Rússia é grande fornecedora de trigo e Ucrânia, de milho) e pelos problemas acentuados vividos pelas lavouras argentinas.
Durante o Fórum Anual do USDA foram divulgadas as primeiras projeções para a nova safra norte-americana de milho. A área está prevista em 36,83MH, aumento de quase 3% sobre os 35,86MH do ano passado. A colheita pode chegar a 383,2MT, incremento de 10% no comparativo com as 349,0MT do ciclo passado. Os estoques finais tendem a dar um saldo de quase 50%, saindo de 32,2MT previsto para o final desta temporada, para 47,9MT ao final do ciclo 2023/24.
Segundo Safras & Mercado, o plantio de milho safrinha na região Centro-Sul chega a 39%, contra 52,4% em mesma data no ano anterior e 48,7% de média para o período.
De acordo com o IMEA, o plantio de milho safrinha no MT chega a 72,6%, ante 82,7% do mesmo ponto do ano passado. Houve progresso de 22 pontos percentuais na última semana.
No RS, segundo a EMATER, a colheita de milho chega a 54%, contra 46% da semana passada e 57% da mesma semana do ano anterior.