Após um uma alta de 5 cents na sessão de quarta-feira (21/08) na Bolsa de Chicago, os ganhos acumulados no futuro da soja chegavam a 25 pontos. Porém, nesta quinta-feira, a soja em grão liderou as perdas, com queda de 20 cents por bushel, encerrando com desvalorização de 2,04%.
Embora analistas concordem que o fundo do poço foi atingido na última semana, há fatores que impedem uma arrancada mais assertiva dos preços; dentre eles, está o bom encaminhamento da safra norte-americana e as dúvidas sobre o avanço da economia global, notadamente da China.
Os integrantes do Crop Tour estão fazendo uma avaliação final e devem divulgar uma estimativa de colheita para soja e milho nos EUA.
Os levantamentos prévios em todos os estados percorridos mostram que as lavouras estão em melhores condições do que no ano passado e também melhores do que a média dos últimos três anos.
Analistas pontuam também que tudo se encaminha para uma safra cheia e, possivelmente, recorde; mas que a estimativa do Crop Tour deverá vir abaixo das 124,9MT que o USDA projetou no último relatório de oferta e demanda.
Na última semana, segundo o USDA, as vendas externas somaram 1,68MT – tudo para embarque na temporada 2024/25, que começa em primeiro de setembro.
No acumulado, os EUA já comprometeram 7,54MT para embarque na próxima estação. Para o ciclo 2023/24, o volume de exportações está em 45,9MT, ante 53,3MT do mesmo intervalo do ano anterior.
Os embarques estão em 43,5MT para uma meta de 46,3MT.
O mercado brasileiro, além de acompanhar de perto os fatores externos, mira também na intensidade das exportações brasileiras – que se mantém num ritmo muito forte, à frente daquele observado no ano passado.
Como a colheita teve perdas acentuadas, tudo indica que os estoques devem minguar na medida em que caminhamos para o período de entressafra.