INÍCIO AGRICULTURA Geral

Alta do petróleo e baixa do dólar ajudam na formação do preço do milho

Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT) chegaram ao intervalo nesta manhã de terça-feira, 13/06, em alta de 6 a 8 cents, a U$ 6,23/julho

Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT) chegaram ao intervalo nesta manhã de terça-feira, 13/06, em alta de 6 a 8 cents, a U$ 6,23/julho. Ontem, fechou em alta de 13 pontos no mês presente e com 18 a 19 pontos nas posições mais distantes. Na BMF, julho opera em R$ 53,50 (+0,7%) e setembro em R$ 58,45 (+0,9%).

De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR o mercado opera no campo positivo postado na piora das condições das lavouras e no clima desfavorável nos campos do Meio Oeste. Chuvas recentes tendem a estancar maiores perdas neste momento. A demanda internacional também tem sido mais aquecida nas semanas recentes. Tecnicamente, a alta do petróleo e a fraqueza do dólar (o que aumenta a competitividade do grão estadunidense) também ajudam na formação do preço.

No relatório semanal de evolução de plantio norte-americano de milho, o USDA apontou que 61% as lavouras estão categorizadas como boas/excelentes, queda de 3 pontos percentuais em relação à semana anterior, enquanto analistas esperavam 62%. No mesmo ponto do ano passado, o índice era de 72%, uma diferença de 11 pontos percentuais. A emergência das plantas foi indicada em 93%, contra 87% do ano anterior.

Em novo levantamento, a CONAB projeta a safra brasileira de milho deste ano em 125,7MT, 11% acima das 113,1MT colhidas na temporada anterior. A primeira safra (safra verão) é estimada em 27,0MT; a segunda (safrinha), em 96,3MT e a terceira safra, em 2,3MT. As exportações estão previstas em 48,0MT, ante 46,6MT do ano anterior; enquanto isto, o consumo interno deve alcançar 79,4MT, contra 74,5MT do ciclo passado.

De acordo com o IMEA, a comercialização de milho no MT chega a 44,6%, ante 61% de mesmo ponto do ano passado. As vendas para a temporada 2023/24 atingem 3,7%, contra 10% de data semelhante em 2022.

Internamente, com a chegada de uma safra cheia e recorde, os preços de paridade internacional (CBOT, câmbio e prêmios) devem prevalecer como indicativo para as negociações. O Brasil precisará exportar cerca de 50,0MT para promover algum equilíbrio entre oferta e demanda. Por esta razão, será importante o monitoramento sobre o que se passa na evolução da safra norte-americana, o qual terá impacto sobre os preços em Chicago, bem como na demanda internacional.

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