O acordo de exportação de grãos que facilita o acesso da Ucrânia ao mercado internacional expira em julho. Os líderes da Alemanha e Ucrânia, chanceler alemão Olaf Scholz, e o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, pediram nesta segunda-feira, dia 3 de julho, que a acordo seja extendido para além de 17 de julho.
O acordo assinado em julho de 2022 pela Ucrânia, Rússia, Turquia e as Nações Unidas. Chamada de “Iniciativa de Grãos do Mar Negro” permite as exportações de cereais da Ucrânia e ajudou a aliviar a crise alimentar mundial provocada pela guerra resultante da invasão russa à Ucrânia.
O acordo foi prorrogado várias vezes e a última delas ocorreu em maio, por dois meses, após intensas negociações. Na época, Moscou exigiu respeito a um segundo acordo assinado em paralelo com a ONU para facilitar suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes.
O porta-voz do chanceler alemão acrescentou que o acordo patrocinado pela ONU “está ajudando a melhorar a situação alimentar global”.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse em maio que estava “pensando” em desistir do arranjo. O que aumentou as preocupações do mercado internacional. Um enviado da Rússia à ONU em Genebra afirmou que no momento não há razões para manter o ‘status quo’ do acordo.
Uma das principais reclamções dos russos é que as capitais ocidentais estão bloqueando o processo para reconectar o Banco Agrícola Russo ao sistema bancário SWIFT. Depois da invasão da Ucrânia, os portos ucranianos no Mar Negro ficaram bloqueados até que se chegasse a esse acordo, assinado em julho de 2022.
A Ucrânia exportou em torno de 32,4 milhões de toneladas de grãos desde o acordo, segundo a ONU. O país é um dos maiores exportadores de grãos do mundo, sendo que pouco mais da metade das exportações foram de milho, e mais de 25%, de trigo.