Em uma reunião de quase quatro horas de duração, cerca de 30 cadeias produtivas do agro brasileiro apresentaram, ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, as demandas e as sugestões para a solução de problemas dos seus setores.
O encontro foi ainda uma iniciativa coletiva para manifestar publicamente o apoio ao ministro, em seu trabalho para impulsionar a produção e a conquista de mercados para o agronegócio nacional.
O algodão, representado pelo conselheiro e ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, foi destacado pelo ministro como motivo de orgulho para o país, pelo modelo de produção responsável, decorrente dos programas estratégicos, que têm ajudado a pluma a conquistar mercados importantes, como o Chinês, no qual participa em 35% das importações de fibra. Busato, que é vice-presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), abriu a reunião, que foi realizada no Mapa, em Brasília, nesta quarta-feira, 26 de abril.
O representante dos cotonicultores também agradeceu o recente lançamento de uma linha de financiamento no valor de R$2 bilhões, destinada a produtores rurais que tenham receitas ou contratos em dólar, e enfatizou a necessidade urgente de destravar o Projeto de Lei 6299/2002, o PL dos Defensivos, que visa a desburocratizar o registro de pesticidas no Brasil. Sobre esta linha, a Abrapa solicitou a inclusão de maquinas sem similares no mercado, como as colheitadeira de algodão, para que também sejam cobertas pelo financiamento em dólar.
“Estamos muito confiantes, também, no próximo Plano Safra, pois temos certeza de que o ministro e sua equipe trabalharão para que ele seja o melhor que já tivemos até hoje”, projetou Busato.
Na ocasião, o ministro Carlos Fávaro ressaltou o que considera a maior conquista da cotonicultura brasileira, no ano de 2023, que foi a abertura do mercado egípcio ao algodão brasileiro, confirmada em janeiro deste ano. “O Egito não é um grande consumidor de algodão, mas é uma grife, e eles, que têm o melhor algodão do mundo, querem o nosso produto. Há poucos anos, de forma tímida, começamos a exportar para a China, e hoje já participamos com 35% das importações deles, que são o maior polo têxtil do mundo”, argumentou Fávaro. “Nosso algodão é um grande orgulho para o Brasil e contará sempre com o Governo Federal para continuar crescendo e abastecer a indústria nacional e as exportações”, concluiu.
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Dentre as instituições presentes, estavam a Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira de Laticinios (Viva Lácteos), Croplife Brasil, Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).