A última semana de junho de 2023 começou com temperaturas muito acima do normal para o mês no Sul e em muitas áreas do Sudeste. O calor fora de hora não é culpa do El Niño. No Sul e em parte do Sudeste do Brasil, a falta de ar frio há vários dias, o sol forte por muitas horas e a persistência de ventos quentes, vindos do Norte do Brasil, elevaram as temperaturas nos últimos dias.
De acordo com pesquisadores do Climatempo uma frente fria vai causar queda de temperatura nos últimos dias de junho de 2023, mas não será para todos.
Pelo até por volta do dia 10 de julho, o Brasil não deve sentir nenhuma onda de frio abrangente e forte, como a que ocorreu em meados de junho. Algumas frentes frias vão avançar para o Brasil, mas suas massas polares terão atuação restrita a poucos estados brasileiros.
No começo de julho, temperaturas altas vão predominar no país, o que é comum neste época na Região Norte e no Nordeste. Mas temperaturas acima do normal ainda serão observadas no Sudeste e o calor será intenso e acima do normal em muitas do Centro-Oeste. Algumas áreas da Região Sul terão chuva, o que vai inibir o aquecimento excessivo.
Nestes últimos dias de junho, uma frente fria avança pela costa do Sul e do Sudeste do Brasil. Sua massa polar tem moderada a forte intensidade, mas não vai conseguir entrar pelo interior do Brasil. Junho vai terminar bem frio no Uruguai, na Argentina. A temperatura cai bastante no Rio Grande do Sul na quarta-feira, 28 de junho. Além disso, pode gear na quinta, 29, e na sexta-feira, 30, na fronteira com o Uruguai.
Também está sendo esperada uma queda de temperatura a partir da quinta-feira, 29 de junho, em Santa Catarina, no Paraná, no sul e leste de São Paulo, Rio De Janeiro, sul e leste de Minas Gerais. No Espírito Santo deve refrescar no fim de semana, o primeiro de julho. Mas nenhum destes estados terá frio intenso ou comparável ao que fez em meados de maio.
Entre os dias 5 e 10 de julho, o ar frio de origem polar chega ao extremo sul do Brasil. Porém, será bloqueado e vai atuar com força somente sobre o Rio Grande do Sul. Até 10 de julho, não há expectativa de ar frio forte e abrangente sobre o Brasil.