INÍCIO AGRICULTURA Geral

2 mil pessoas visitam Rota do Queijo Paranaense em um ano

Além de degustar diferentes sabores, os turistas também podem ter momentos de lazer nas propriedades, desfrutar de cafés coloniais e conhecer o processo de fabricação de 39 agroindústrias espalhadas por 28 municípios de diversas regiões do Estado integram o projeto.

Há um ano, uma iniciativa do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) reuniu queijarias do Estado com o objetivo de criar um roteiro para quem deseja conhecer a produção paranaense. O projeto hoje conta com 39 agroindústrias espalhadas por diversas regiões que integram a Rota do Queijo Paranaense. Além de degustar diferentes sabores, os turistas também podem ter momentos de lazer nas propriedades. A qualidade e as particularidades destas queijarias já foram experimentadas por aproximadamente 2 mil visitantes.

“O queijo, além de ser um produto com alto teor nutricional, é um patrimônio cultural que carrega em si um saber fazer ancestral, que conecta terra, produção e as mãos habilidosas de seus produtores. Fomentar o turismo rural no Paraná e a geração de renda para pequenos e médios produtores é objetivo do IDR-Paraná com a estruturação da Rota do Queijo Paranaense”, destacou Terezinha Busanello Freire, coordenadora estadual de Turismo Rural do IDR-Paraná.

Ela explica que esta interação entre produtores e turistas possibilita o desenvolvimento de novos negócios e novos atrativos turísticos para o Paraná. “A rota surgiu a partir do trabalho feito com turismo rural pelo instituto. Era uma diretriz roteirizar as cadeias produtivas já assistidas e encontrar produtos diferentes para oferecer ao público”, afirmou.

A coordenadora acrescentou que a primeira ideia dos profissionais do IDR-Paraná foi trabalhar as propriedades individualmente. “Com o tempo, percebemos que um roteiro daria mais visibilidade e corpo para os empreendimentos”, explicou. Terezinha informou ainda que neste primeiro ano os produtores paranaenses participaram de diversos concursos, e é visível o salto de qualidade com a evolução das premiações, inclusive com destaque em concursos internacionais.

Angelita Aparecida Freski Surkamp, de Pinhão, já produzia queijos e vendia na vizinhança. Ela aceitou o convite para participar da Rota do Queijo logo no lançamento do projeto. “Achei o trabalho importante porque a qualidade da assistência técnica que eu recebi foi muito boa, atendeu todas as minhas expectativas. Melhorou a divulgação e as vendas. Já estou planejando oferecer um café colonial rural no próximo ano”, disse a produtora. Ela produz queijos coloniais curados, temperados, defumados, ricota cremosa, doce de leite e queijo com casca de vinho tinto.

Claudemir Ross fabrica queijos desde 2015 e viu no roteiro turístico uma forma de melhorar a divulgação dos seus produtos. “É uma oportunidade de divulgar nossos queijos para todo o Paraná. A rota ajuda a gente a atingir um público maior”, ressaltou.

Outro benefício do projeto citado por Claudenir é a oportunidade de conhecer outros produtores. “Essas visitas sempre resultam em conhecimento. A gente conhece a realidade de outros colegas, com suas particularidades”, ressaltou. A agroindústria de Claudemir, a Queijaria São Bento, fica em Chopinzinho e produz cerca de 20 tipos diferentes de queijo.

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Há três anos Luis Henrique Pedroso, que era dentista em Ribeirão Claro, começou a produzir queijos com a esposa, Sílvia, na queijaria Bela Vista. Logo que a rota foi criada eles se integraram ao circuito. Sílvia acredita que o roteiro turístico ligado ao queijo é importante para a região.

“É uma alternativa de renda para o pequeno agricultor, dinamiza a economia, possibilita valorizar os atrativos naturais que a gente tem no sítio ou fazenda. Valoriza até mesmo questões históricas locais que agregam valor ao nosso produto”, disse.

Luis Henrique Pedroso

A rota, acrescenta ela, é uma forma de manter a cadeia do leite, estimular o turismo rural e, principalmente, divulgar o queijo que é produzido na região Norte Pioneiro. “Acho que a rota veio para mostrar toda essa riqueza que tem no Norte Pioneiro e que estava escondida”, avaliou.

A Rota do Queijo também serviu para identificar onde estavam os produtores no Estado e incentivou a regularização das agroindústrias. “Salvo no Sudoeste, onde os queijeiros estavam mais organizados, no restante do Paraná os demais estavam sozinhos, tentando dar um caráter comercial a sua produção”, disse Terezinha.

Os extensionistas esclareceram todas as dúvidas dos produtores sobre a legislação, abrindo caminho para que soubessem o que era preciso para ter o registro sanitário, garantir a qualidade de seus produtos e oferecer segurança para o consumidor. “Isso deu uma grande amplitude comercial para a produção no Paraná”, destacou. 39 queijarias distribuídas em 28 municípios atendem às exigências sanitárias previstas em lei. Os visitantes podem conhecer até 20 tipos diferentes de queijo, com ênfase no colonial maturado.

Os profissionais do IDR-Paraná orientam os proprietários rurais para que se preparem para receber os turistas, criando uma experiência diferente para os visitantes em cada queijaria. Além de queijo, é possível desfrutar de cafés coloniais em inúmeras propriedades e de visitas guiadas para conhecer o processo de fabricação dos queijos.

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No próximo ano, durante o Show Rural Coopavel, será lançado o Passaporte do Queijo. “Ao visitar uma queijaria, o turista ganha um passaporte onde estarão indicados os outros empreendimentos da rota. A cada visita ele ganha um carimbo no passaporte. É um estímulo para que conheça outras propriedades, um incentivo ao turismo”, explicou Terezinha.


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