Um dos grandes desafios da produção de alimentos na agricultura é produzir mais e melhor com qualidade, reduzindo a incidência de pragas e doenças e garantindo um crescimento equilibrado para as plantas. E um dos métodos que proporciona esse melhoramento de produção, especialmente para variedades de hortifrúti, é o cultivo protegido, as conhecidas estufas.
Variando entre diversos materiais, estruturas e adotando mais e menos tecnologia, o plantio em estufa eleva em até 30% a produtividade em comparação com cultivo tradicional, em áreas abertas. Os motivos são diversos: maior controle do microclima, menor incidência de pragas e plantas daninhas, solos muito mais saudáveis e manejo facilitado.
Para iniciar o cultivo de tomates na região de Bauru, SP, a engenheira agrônoma Aline Retz investiu em cursos e pesquisas e, em 2014, montou uma estufa integrada, modelo dente de serra, com 12 mil metros para abrigar a produção de tomates das variedades Italiano, Grape e Coquetel.
"Esse sistema evita a infestação de pragas e garante que a gente tome decisões mais rápidas quando algum erro acontece. Essa estrutura toda foi pensada com o objetivo de garantir o maior equilíbrio às plantas, resultando em uma produtividade alta, com tomates que se diferenciam dos demais nos supermercados", relata satisfeita a produtora.
Diferente do plantio convencional, feito diretamente no solo, a produção de Aline é feita em vasos, dispostos em calhas que evitam o contato com o solo. A estufa conta com tecnologias que facilitam a climatização, com janelas automáticas que se movimentam de acordo com a intensidade do vento, telas que cortam a radiação solar e um sistema de irrigação.
No total, a estufa possui 12 mil vasos, que geram uma média de 3 mil quilos de tomate por semana. Em parceria com a Coopercitrus, Aline enxerga grande potencial para o cultivo protegido, planejando ampliar a área das estufas e, por consequência, aumentar ainda mais a produtividade, com qualidade e reconhecimento.
O administrador hospitalar Paulo Câmara apostou na diversificação de culturas no Sítio São José, em Itaju, SP, ao cultivar pimentão em estufas de metal e tela. "O pimentão em área protegida vem com uma qualidade bem superior, demanda menos insumos e, com isso, temos uma produção com um padrão superior", afirma Paulo, que conta com o suporte do sócio, Acácio Leocádio da Silva, para administrar a área.
No total, são 5 estufas de ferro, com 18 mil vasos de plantas. Destes, 2.500 vasos - uma estufa completa - é dedicada ao plantio da pimenta Sweet Palermo, uma variação do pimentão tradicional, com maior concentração de brix e, por isso, mais adocicado.
"Produzir em estufa é produzir mais, em menos espaço, chegamos a colher 10 mil caixas dos pimentões vermelho e amarelo", afirma Paulo.
Há oito anos, os sócios Daniel Vicentin e José Paulo Martins decidiram transformar a horta que tocavam, na região de Itápolis, SP, e investiram na construção de estufas para a produção de pimentões vermelhos e amarelos. "O primeiro ano foi bom, o segundo também. Percebemos que a produtividade era boa e decidimos continuar", relata Daniel.
Diferente da Aline e do Paulo Câmara, as estufas são de madeira, com 3 arcos cada, e as plantas são cultivadas direto no solo. O manejo leva matéria orgânica, fertirrigação por gotejamento e, para proteger o solo, é feita a forragem com milheto. Paulo calcula que cada planta produz uma caixa de pimentão por safra, aproximadamente 30% a mais do que a produção convencional.
Essas três experiências demonstram que, na produção de hortifrúti, não existe receita pronta. Independentemente do método utilizado e do nível de tecnificação, uma coisa é certa: um manejo cuidadoso, a administração balanceada de defensivos e fertilizantes e um apoio especializado fazem a diferença no cultivo protegido.
Com um completo portfólio de produtos para a produção de hortifrúti e equipe de especialistas aptos para dar suporte ao cooperado, a Coopercitrus faz parte do dia a dia dos produtores rurais que investem em novas tecnologias para melhorarem suas lavouras, produzindo alimentos com mais qualidade.
Sobre a Coopercitrus
A Coopercitrus - Cooperativa de Produtores Rurais, fundada em 1976 em Bebedouro, SP, é hoje a maior cooperativa paulista e uma das maiores do Brasil no fornecimento de grãos, açúcar, produção de sementes de soja e processamento, insumos, ração animal, concessionárias de máquinas agrícolas, lojas de conveniência, shoppings rurais e postos de combustível. Com mais de 38 mil cooperados e mais de 60 unidades de negócios em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, oferece ao produtor rural não só produtos e serviços agrícolas, mas também leva ao campo conhecimento para gerar uma gestão cada vez mais sustentável.