Minicursos atraem mais de 300 pessoas no 1º dia do INOVAMEAT

Especialistas em bovinocultura de leite, suinocultura e piscicultura detalharam as principais tendências do mercado, visando a sustentabilidade e o menor custo

Publicado em 01/04/2022

Cerca de 300 pessoas participaram, na tarde de quinta-feira (31), de três minicursos ministrados simultaneamente no INOVAMEAT Toledo – Inovação na Produção de Proteína Animal -, evento aberto oficialmente na noite de ontem, e que prossegue até o dia 2 de abril, no Centro de Eventos Ismael Sperafico, em Toledo, no Oeste do Paraná.SuinoculturaUma das capacitações profissionais foi sobre “Bem-estar animal: capacitação para abate humanitário de suínos”, com Osmar Dalla Costa, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves.  Segundo ele, o bem-estar animal tem que fazer parte do sistema de produção e traz benefícios não só aos animais, mas também aos manejadores. Deve ser pensado desde o planejamento da granja, acesso à propriedade e embarcadores até o transporte do suíno ao frigorífico.“No passado, diziam que bem-estar animal dava prejuízo, mas, na verdade, dá lucro porque todo animal que chega ao frigorífico com lesões ou contusões, tem essas partes descartadas, o que deixa de agregar valor na produção. Além disso, não é mais uma questão financeira, de lucro, mas de qualidade. Trata-se de fabricar um produto ético, com respeito ao meio ambiente e ao animal e que seja sustentável”, explica Costa. O especialista ainda frisa que se o produtor tem pretensão de exportar ou vender para algumas cadeias produtivas, supermercados ou redes de fast food, precisa se adequar aos protocolos do mercado que fazem grandes exigências com relação ao bem-estar animal.Bovinocultura de leite“Demanda do mercado e estimulação da produção do leite tipo A2” foi o tema do minicurso proferido pelo pesquisador Marcos Vinicius Barbosa da Silva, da Embrapa Gado de Leite. Segundo ele, o leite A2 tem sido divulgado com propriedades que não correspondem com a realidade, como por exemplo, que ele é antialérgico, o que não é verdade. Silva esclarece que o leite A2 tem algumas propriedades que o tornam mais digestivo, o que beneficia até o consumidor que não tem intolerância ou alergia ao leite. “O leite A2 é um nicho de mercado bastante interessante, principalmente para a produção de derivados. Se a cadeia se organizar de maneira eficiente, ele pode ser um pouco mais lucrativo que a venda do leite comum”, complementa o pesquisador.O terceiro minicurso foi sobre “Aquicultura sustentável: produção de tilápias com sistemas de recirculação (RAS) e bioflocos”, com o palestrante Sergio Zimmermann, da Zimmermann Acqua Solutions. Ele abordou estes sistemas de produção de peixes que permitem o reuso total ou parcial da água e o uso da água por mais tempo do que o normal, respectivamente. “Nós estamos passando por momentos únicos no mundo, com pandemia e guerra, onde várias áreas, como logística, rações, energia, alimentos terão que se reinventar pois estão sofrendo várias transformações. Assim, a gente tem que ser muito mais eficiente do que éramos antes”, alerta o especialista.Outra orientação que Zimmermann fez é sobre a necessidade de descentralização. “Não dá para produzirmos muita coisa num lugar e andar muitos quilômetros de caminhão para transportar. A tendência hoje é a produção de alimentos próximo do consumo. Em função disso, é preciso ver oportunidades, como resíduos que estão disponíveis no local, sistemas eficientes de energia, tudo para baixar o custo de produção, isto porque a recessão nos próximos anos deve ser alta”, finaliza.O INOVAMEAT Toledo segue nesta sexta-feira e sábado (1 e 2 de abril), das 8h às 18h.

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