Preços do feijão se sustentam e produção no PR deve cair
Valores seguem firmes, sobretudo para o carioca, enquanto estimativas indicam redução da oferta paranaense em 2025/26
Preços do feijão seguem firmes no mercado, enquanto produtores do Paraná projetam menor área e queda na produção. Foto: Canva
Apesar da menor liquidez ao longo da última semana, os preços médios do feijão conseguiram se sustentar nas regiões acompanhadas pelo Cepea. O destaque ficou para o feijão carioca, que manteve valores firmes. Já no caso do feijão preto, as variações foram distintas entre as praças analisadas.
No mercado do carioca, as altas ainda prevalecem. As valorizações, contudo, ocorreram com maior intensidade nos grãos com notas entre 8,0 e 8,5, quando comparados aos lotes de melhor qualidade. Esse movimento reflete a seletividade dos compradores e a oferta mais restrita desses padrões intermediários.
Enquanto isso, agentes consultados pelo Cepea seguem atentos ao avanço da nova temporada. Além disso, acompanham de perto as atividades de colheita em São Paulo, que entram na reta final, e no Paraná, onde os trabalhos estão apenas começando.
No Paraná, maior produtor nacional de feijão e responsável por mais de 25% da oferta nas últimas quatro safras, a expectativa é de queda na produção em 2025/26. Segundo pesquisadores do Cepea, os preços registrados ao longo de 2025 têm desestimulado o cultivo do grão no estado.
Dados do Deral/Seab indicam que a produção paranaense pode somar 744,6 mil toneladas na safra 2025/26. Esse volume representa uma redução de 11,5% em relação à temporada 2024/25, o que tende a influenciar o equilíbrio entre oferta e demanda nos próximos meses.
