Diante do crescimento da população brasileira a produção de proteínas alternativas vem crescendo no país e tem ampliado o acesso a alimentos produzidos a base de planta. O feijão é a grande estrela do cardápio brasileiro e tem anualmente uma produção de 3 milhões de toneladas. E mesmo sendo um produto muito popular e de alto poder proteico, o feijão não é tão utilizado para compor os produtos a base de planta atualmente.
Com o surgimento das iniciativas vegetarianas e veganas, a soja se tornou a alternativa mais rentável e prática para o preparo de itens análogos à carne. Porém com o crescimento dos flexitarianos, as pessoas mostram o interesse em reduzir o consumo de proteínas animais.
Atualmente surgiram novas iniciativas para tornar o feijão um novo ingrediente para os produtos “plant-based” no Brasil contaThomaz Setti, diretor de pesquisa e desenvolvimento da SL Alimentos, companhia paranaense que produz ingredientes para indústrias de proteínas vegetais. Setti acredita que “o feijão tem grande potencial para o Brasil porque o país colhe, em média, 3 milhões de toneladas por ano dessa leguminosa, e a produção nacional das demais é quase zero. Neste ano, incentivamos agricultores parceiros a plantar feijão em 480 hectares e vamos repetir uma iniciativa do ano passado, de semear uma área com ervilhas”, explica.
Este ano na feira Show Rural Coopavel foi apresentada pela A&S Blumos outra iniciativa para o uso do feijão, a Carnevale WUT (carne vegetal), que será comercializada em foodservice, tendo como ingredientes a soja não-transgênica e o concentrado de feijão carioca. Será vendida aproximadamente a R$ 30 o quilo e a proteína será semelhante a carne bovina.