Feijão tem recorde de exportações e consumo doméstico fraco
Exportações de feijão batem recorde anual, mas consumo interno permanece lento e pontual, com preços influenciados pela qualidade da safra
Exportações de feijão batem recorde, enquanto consumo doméstico segue baixo. Foto: CNA / Divulgação
Entre janeiro e novembro de 2025, o Brasil exportou mais de 500 mil toneladas de feijão, estabelecendo novo recorde histórico da Secex. Além disso, o mercado externo manteve forte demanda, destacando o desempenho do país como fornecedor global.
No mercado interno, o consumo segue pontual, focado na reposição de estoques. Portanto, os preços permanecem influenciados pela seletividade da demanda e pela qualidade predominante da oferta.
Feijão carioca de alta qualidade
A oferta de feijão carioca com notas 9 ou superiores concentra-se na colheita paulista. Assim, as cotações mantêm-se estáveis. Entre 28 de novembro e 5 de dezembro, a saca subiu 0,42% em Itapeva (SP).
Em Sorriso (MT) e no Noroeste de Minas, os lotes irrigados remanescentes da terceira safra registraram valorização de 1,03% e 0,54%, respectivamente. No entanto, no Centro e Noroeste Goiano houve pequena retração.
Feijão carioca de qualidade intermediária
Para os grãos de notas 8 e 8,5, os preços se aproximaram dos produtos superiores, reduzindo a diferença para cerca de 5,5% no início de dezembro. Em Itapeva (SP), houve alta de 3,24%, seguida pelo Noroeste de Minas (3,21%) e Centro/Noroeste Goiano (2,72%).
No entanto, compradores cautelosos provocaram quedas no Sul Goiano (-3,44%), Barreiras (BA) (-0,90%) e Sorriso (MT) (-0,51%).
Feijão preto
A elevada oferta de grãos da safra anterior mantém pressão sobre os preços do feijão preto. Enquanto isso, produtores negociam conforme necessidade de caixa ou espaço nos armazéns.
Os preços do tipo 1 registraram alta moderada em Curitiba (+0,9%) e leve retração na Metade Sul do Paraná (-0,4%). Dessa forma, o mercado segue equilibrado entre oferta e demanda restrita.
