Ação visa avaliar impactos da suspensão temporária do vazio sanitário em parte do Estado
A Agrodefesa está monitorando a presença da mosca-branca (Bemisia tabaci) e viroses do feijoeiro comum em 12 municípios de Goiás com histórico de cultivo em duas safras. A ação ocorre após a suspensão temporária do vazio sanitário da cultura em parte do estado e envolve parceria com UFG, Embrapa e Mapa. Apenas Jataí, Mineiros e Rio Verde seguem com a obrigatoriedade do vazio.
O objetivo é avaliar os impactos da retirada da medida e gerar dados técnicos para embasar futuras decisões. Segundo Leonardo Macedo, gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, a mosca-branca é uma das principais pragas do feijão, podendo comprometer a lavoura por danos diretos e transmissão de viroses como o mosaico dourado. Mesmo com a suspensão, ele reforça a importância de manter as medidas fitossanitárias.
As amostragens seguem protocolo técnico da Embrapa, com coletas aos 20 e 45 dias após a semeadura. As folhas são analisadas em laboratório do Mapa para confirmar a presença dos vírus. Os resultados irão compor um relatório técnico que servirá de base para as próximas decisões sobre o vazio sanitário.
Desde a década de 1970, a mosca-branca é considerada uma praga de alto impacto para o feijão no Brasil. O vazio sanitário foi implantado em Goiás há 10 anos, e, em 2024, foi aplicado entre 20 de setembro e 20 de outubro em 57 municípios, conforme a portaria nº 1.107 do Mapa.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, afirma que o monitoramento reforça o compromisso com a sanidade vegetal e a produtividade agrícola do estado. Segundo o IBGE, a terceira safra de feijão em Goiás deve alcançar 243,8 mil toneladas em 2025 — alta de 7,7% —, consolidando o estado entre os maiores produtores do país.