O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ricardo Aroili, e o assessor técnico Tiago Pereira se reuniram, na segunda (8), com o assessor especial do Ministério da Agricultura, Jean Taruhn, e a assessora técnica da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos, Guo Ruofan.
A reunião tratou de avanços na pauta comercial do agronegócio, abordando temas como os protocolos de exportação de grãos e seus subprodutos para a China. Arioli comentou que os protocolos significam um avanço prioritário para o setor. “O Brasil tem se tornado um fornecedor confiável no mercado mundial, posição essa que precisa ser consolidada em tempos de tensões geopolíticas e crises de abastecimento”, ressaltou.
Durante a VI reunião plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), realizada em maio, representantes dos dois países anunciaram a conclusão das negociações para o início de exportações brasileiras de milho e amendoim para o mercado chinês, bem como planos de assinatura dos protocolos relativos às exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, sorgo e gergelim.
Jean, que participou ativamente das negociações dos protocolos, mencionou que há alguns anos o Ministério tem tentando ampliar o potencial de negociação do agronegócio brasileiro. Foi feita primeiro a priorização de culturas de segunda safra, como amendoim, sorgo e gergelim, que o Brasil tem capacidade de produzir em volume demandado pelos chineses. Segundo ele, a China importa cerca de US$ 1 bilhão de cada um desses produtos.
Ele explicou também que a demanda do mercado chinês é crescente, mas não para os mesmos produtos. A manutenção das exportações de produtos já consolidados entre os dois países, como a soja, é prioridade para o Mapa, mas a diversificação desses produtos exportados vem como uma estratégia de longo prazo.