Agosto registra alta nas exportações do agro gaúcho

A Farsul divulgou os resultados das exportações gaúchas de agosto de 2025, mostrando crescimento tanto em valor quanto em volume. O total exportado atingiu US$ 1,4 bilhão, aumento de 5% frente aos US$ 1,3 bilhão de agosto de 2024. Já o volume embarcado foi de 2,4 milhões de toneladas, 53% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o estado exportou US$ 8,9 bilhões.

O desempenho positivo do agronegócio gaúcho foi sustentado principalmente pela soja em grão e pela carne bovina. Além disso, a China adquiriu 1,54 milhão de toneladas de soja e 3,9 mil toneladas de carne bovina. Mesmo em meio à guerra tarifária com o Brasil, os Estados Unidos aumentaram suas importações de carne bovina em 256%, totalizando 756 mil toneladas.

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Mercados, desafios e recuperação de produtos

Apesar do crescimento, algumas categorias registraram queda. Por exemplo, produtos como fumo, pescados, madeira e suco apresentaram redução, resultando em queda de 8% no valor (US$ 5,4 milhões) e de 39% no volume (17,8 mil toneladas) em comparação com agosto de 2024.

Por outro lado, a carne de frango, impactada anteriormente pela gripe aviária e pela doença de Newcastle, começou a se recuperar. Houve aumento de 8% no valor e 18% no volume, com destaque para EAU, Japão e Filipinas, que também se mostram parceiros importantes para a carne suína, junto ao Chile. Além disso, o arroz registrou o terceiro mês consecutivo de alta, com crescimento de 17% no volume acumulado de janeiro a agosto.

Em agosto, a Ásia manteve-se como principal destino das exportações do agro gaúcho, com US$ 944 milhões e 1,9 milhão de toneladas. Logo depois, veio a Europa, com US$ 158 milhões, sendo US$ 95 milhões destinados à União Europeia, seguida da América do Sul, com US$ 110 milhões. Entre os países, a China liderou, com US$ 717 milhões e 49,8% do valor total. Em seguida aparecem Estados Unidos (4,1%), Vietnã (3,7%), EAU (3,1%) e Filipinas (3,1%).

Produtos florestais, especialmente madeira, apresentaram queda devido à redução das exportações para Estados Unidos e Japão. Além disso, o fumo e seus derivados registraram forte retração, passando de US$ 116 milhões para US$ 29 milhões, com exportações reduzidas de 18 mil para 5 mil toneladas para a Bélgica.

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