O setor agropecuário de São Paulo notabilizou, em janeiro e fevereiro, a sua robustez no Estado. As exportações do setor cresceram 30% na comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo a marca de US$ 4,32 bilhões, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento.No período, o agro paulista contribuiu com 43,3% das exportações totais e 7,9% das importações setoriais do Estado e 18,6% no país, principalmente com a venda externa de produtos destes setores.
● Produtos florestais, com participação de 10,6% nas exportações paulistas – destaque para a celulose e papel como principais produtos, totalizando 51,8% e 40,9% das exportações, respectivamente.
● Grupo de sucos, com participação de 8,5% nas exportações paulistas - com destaque para o suco de laranja o principal item exportado, com 97,1% do total.
● Grupo de café, com participação de 4,4% nas exportações paulistas – com destaque para o café verde e café solúvel, representando 74,6% e 23,4% das exportações, respectivamente.
A balança comercial brasileira registrou desempenho robusto, com um superávit de US$ 11,95 bilhões. Esse resultado é fruto de um aumento significativo de 145,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o superávit atingiu US$ 4,86 bilhões.
Balança Brasil
Em uma análise setorial, o agronegócio brasileiro desempenhou um papel fundamental nesse cenário positivo. As exportações do setor apresentaram um crescimento de 16,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 23,28 bilhões, representando 46,1% do total nacional. Por outro lado, as importações aumentaram em 8,3%, totalizando US$ 3,12 bilhões.
O saldo da balança comercial dos agronegócios registrou um superávit de US$20,16 bilhões no acumulado até fevereiro de 2024, um aumento de 18,3% em comparação com o mesmo período de 2023. Esse desempenho ressalta a importância estratégica do setor agrícola para a economia brasileira.
Sem o agro
Sem o desempenho sólido do agronegócio, o comércio exterior brasileiro teria apresentado um déficit, considerando que os demais setores da economia contribuíram com exportações de US$ 27,23 bilhões e importações de US$3 5,44 bilhões, resultando em um déficit de US$ 8,21 bilhões no primeiro bimestre de 2024.